O agitado itinerário em solo norte-americano começou dia 10 de junho, mas é justo referir que a aventura transatlântica teve tanto ou mais interesse que a chegada do casal real, um dia antes. Rumo aos EUA, para uma visita de reforço das ligações culturais e económicas entre os dois países, coube ao Rei Willem-Alexander acumular por algumas horas o lugar no trono com o de co-piloto do avião do governo neerlandês que o transportou dos Países Baixos a Atlanta, naquele que terá sido um breve exercício de reciclagem de competências.
Com efeito, é público o interesse nesta área por parte do monarca, que chegou a servir a Marinha Real Holandesa e obteve várias licenças de piloto ao longo dos anos, incluindo uma Licença de Piloto Militar e uma Licença de Piloto de Transporte Aéreo. Para se manter atualizado, conta a a sua biografia real, Willem desempenha ainda funções como convidado da KLM Cityhopper, uma subsidiária da transportadora nacional dos Países Baixos.
O Rei Willem a chegar a Atlanta, no passado dia 9 de junho © Getty Images
Como habitual, o soberano viajou acompanhado pela mulher, a rainha Maxima, que rapidamente desviou as atenções de proezas aéreas e situou o interesse absoluto no seu colorido desfile de looks. A consorte brindou os seguidores com mais um leque de opções monocromáticos, fiel ao seu estilo, e mostrando como é possível exibir com graciosidade (e sobretudo boa disposição) acessórios como um tocado em contextos tão informais quanto a meca do hip hop como o Patchwerk Recording Studios, onde o casal, diante dos decks de mistura, revelou toda a sua batida real.
Mas retomemos o fio à meada do programa das festas, ou neste caso à visita de trabalho. Para desembarcar no estado da Geórgia, a rainha elegeu um discreto conjunto em tons pastel. Na segunda-feira, o casal real foi recebido no Capitólio do Estado da Geórgia pelo governador Brian Kemp e pela sua mulher, Marty Kemp. Ao longo do dia, Willem-Alexander e Maxima visitaram o Centro Martin Luther King Jr.; incluindo o museu e o túmulo do ativista, onde uma coroa de flores foi depositada, e passaram ainda pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.
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O grande destaque foi para o vestido encarnado (um dos seus tons de eleição) até ao joelho da marca flamenga Natan, com uma capa esvoaçante. A Rainha usou esta mesma criação durante uma visita de Estado à Áustria em 2022, e ao longo deste périplo voltaria a resgatar outros looks do seu armário real. Para esta jornada, rematou o visual com uma carteira Sophie Habsburg, e não esqueceu as luvas. No final do dia, Maxima trocou os seus saltos altos em camurça por umas sabrinas, também elas encarnadas mas bem mais confortáveis. Do guarda-joias saiu a pregadeira de diamantes, opala e flores de rubi criada no final do século XIX pelo joalheiro Eduard Schürmann, em Frankfurt, uma peça que fora encomendada pela rainha Emma (1858 – 1934).
A visita estendeu-se ainda ao programa de redesenvolvimento The Beltline, à empresa holandesa Newcold e à exposição “Dutch Art in a Global Age” no High Museum of Art. Para esta fase da agenda, Maxima surgiu com um conjunto de saia e casaco rosa salmão de Claes Iversen, que conjugou com sapatos Gianvito Rossi — e não esqueceu um detalhe neerlandês: um par de brincos Luz Camino em forma de tulipas.
Para a história do segundo dia passam as imagens do casal a passear descontraidamente pelas ruas de Savannah. Para a ocasião, a rainha optou por reciclar um look branco que usara em 2017, na deslocação a Palermo, no Sicília. Com assinatura Dior, de decote em V e modelo peplum, foi desta vez complementado com uma clutch Hermès, gargantilha dourada e um leve casaco pelos ombros para saudar o mayor Van Johnson, que guiou os membros da realeza por algumas das escalas previstas para este dia, que incluiu a universidade, o Marine Science Center e a interação com vários turistas.
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Depois de Atlanta e Savannah, no estado da Geórgia, os monarcas visitam Albany, esta quarta-feira, onde serão recebidos pela governadora Kathy Hochul, seguindo depois para a cidade de Nova Iorque, onde Maxima chegou a trabalhar na banca, antes da sua vida ao lado de Willem-Alexander nos Países Baixos.
