A Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, em Almada, no distrito de Setúbal, que está encerrada desde março para obras de reabilitação, deverá reabrir portas no início de 2025.

A intervenção, no valor de 600 mil euros, deverá estar concluída até ao final do ano, avança Inês de Medeiros, presidente da Câmara de Almada, ao Observador. A “reabilitação substancial” já está a decorrer e incide sobre a “estrutura”, a “eficiência”, a “pintura” e “partes da cobertura”. “Não vai haver alteração estrutural à Casa da Cerca”, garante Medeiros, lembrando que o edifício é património cultural classificado.

“O grande desafio tem sido ir reabilitando [espaços] sem os encerrar completamente”, diz ainda a autarca, frisando que os jardins da Casa da Cerca permanecem acessíveis ao público e o serviço educativo está funcional.

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Desde março e até ao final do ano que o programa de exposições e outras atividades da Casa da Cerca têm sido canalizados para outros equipamentos do município, como é o caso da Galeria Municipal ou o Convento dos Capuchos, por exemplo, onde está patente a mostra Quando Soubermos Ouvir as Árvores, da artista Ilda David, até 14 de setembro.

Construída entre finais do século XVII e inícios do século XVIII, a Casa da Cerca foi a casa senhorial de uma quinta de recreio. Habitada até 1957 por diversas famílias, chegou a ser provisoriamente ocupada pelo Hospital de Almada em 1974. Em 1988, já em estado de ruína, foi comprada pela Câmara Municipal de Almada, que recuperou o edifício para ali instalar um Centro de Arte Contemporânea, que abriu portas em 1993. Três anos depois, o equipamento foi classificado como Imóvel de Interesse Público.

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