O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admitiu, numa entrevista publicada este domingo, que as obras do Metro de Lisboa “estão atrasadas” e que não será possível recuperar esse atraso. O ministro adiantou que a empresa, a Metropolitano de Lisboa, está a ajustar o programa de modo a garantir que Portugal não perde os fundos europeus destinados à expansão da rede de metro na capital portuguesa.

“Há uma grande preocupação com o que se passa nas obras do Metropolitano de Lisboa”, que estão “atrasadas”, admitiu Castro Almeida, em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF. “É o tipo de obras onde não é fácil acelerar o ritmo. A toneladora não faz mais do que aqueles metros por dia. Não se vai recuperar o atraso” reconheceu o governante.

Ainda assim, o titular da pasta dos fundos europeus sublinhou que a empresa pública Metropolitano de Lisboa “está a ajustar o programa” das obras de modo a evitar a perda dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. Estão em causa várias dezenas de milhões de euros em fundos europeus. “Há essa preocupação de não perder dinheiro, e se não fizermos quatro estações, vamos fazer duas estações“, vincou Castro Almeida, que lembra que, desde que algumas estações estejam a funcionar no prazo previsto (ou seja, até final de 2026), as obras “são financiadas pelo PRR”.

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O ministro da Coesão Territorial mostrou-se ainda preocupado com a capacidade de Portugal conseguir concretizar todas obras previstos, nos próximos dois anos e meio. A maior dificuldade prende-se com a falta de mão de obra disponível. “Há uma intensidade e um volume de obras tal que pode colocar em causa saber se há capacidade interna para poder construir um volume de obras tão grande”, sublinhou Castro Almeida.

Já quanto à execução do PRR, o ministro assumiu um objetivo que classifica como “ambicioso”: executar, até final deste ano, 40% dos fundos. Já relativamente a outro programa de fundos europeus, o Portugal 2030, o objetivo do governo é executar 20% dos fundos até ao final de 2025.

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