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O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ameaçou nesta terça-feira o Hezbollah de destruição na sequência de uma “guerra total”, e quando se intensificam os confrontos transfronteiriços entre o Exército judaico e o movimento islamita libanês.

“Estamos muito próximo do momento em que decidiremos alterar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Numa guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano duramente atingido“, afirmou Katz através de um comunicado oficial e em mensagem na rede social X.

O chefe do Hezbollah Hassan “Nasrallah vangloria-se hoje de ter fotografado os portos de Haifa, explorados por grandes empresas internacionais chinesas e indianas, e ameaçar danificá-las”, acusou o ministro israelita para justificar as suas declarações.

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Previamente — e enquanto Amos Hochstein, enviado especial do Presidente norte-americano Joe Biden se encontrava em Beirute para contactos destinados a desanuviar a tensão na fronteira israelo-libanesa –, o Hezbollah publicava imagens que disse terem sido captadas por um “drone” do movimento sobre Haifa, o grande porto do norte de Israel.

Para além do porto de Haifa, o vídeo reivindicado pelo Hezbollah inclui imagens de uma base naval israelita, de vários navios de guerra e infraestruturas das forças especiais da Marinha.

Em paralelo, revela o que o movimento xiita libanês identificou como instalações militares estratégicas, zonas da localidade de Kiryat Yam, ou instalações dos sistemas de defesa aérea da Cúpula de Ferro ou da Funda de David.

Este anúncio do movimento xiita implica não apenas que o Hezbollah fez sobrevoar um “drone” sobre território israelita, mas que o aparelho conseguiu passar despercebido e regressar ileso ao Líbano.

Hochstein encontrou-se na segunda-feira em Jerusalém com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, antes de se deslocar ao vizinho Líbano. “O conflito entre Israel e o Hezbollah já se prolonga há demasiado tempo”, afirmou nesta terça-feira em Beirute.

“A situação é “grave” e os Estados Unidos pretendem evitar “uma guerra em larga escala”, disse Hochstein, que se reuniu na capital libanesa com o presidente do parlamento, Nabih Berri.

Os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, eclodiram na sequência da incursão do movimento islamita palestiniano em Israel em 7 de outubro, com uma imediata e arrasadora intervenção do Exército israelita na Faixa de Gaza.

O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.

Aumento dos ataques do Hezbollah pode ter “consequências devastadores para o Líbano”, avisam as IDF

Mais de oito meses de violências provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis, indica a agência noticiosa AFP.

Segundo Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.