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O Comité Antiterrorista da Rússia (NAK, na sigla em russo) disse esta segunda-feira ter terminado a operação para pôr fim aos ataques armados que causaram 20 mortos na região do Daguestão.

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Devido à neutralização das ameaças à vida e à saúde dos cidadãos, foi decidido pôr fim à operação antiterrorista” no Daguestão a partir das 6h15 (hora de Lisboa), disse o NAK, citado por agências de notícias russas.

O Comité de Investigação russo tinha confirmado inicialmente 19 vítimas mortais, de entre as quais 15 são agentes das forças de segurança e  vários civis, incluindo um padre ortodoxo. Todos mortos por militantes armados no Daguestão, disse o governador desta república russa predominantemente muçulmana do Cáucaso.

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Em um novo balanço divulgado nesta segunda-feira pelas autoridades locais, foram constatadas pelo menos 20 mortos e 46 feridos.

Também na segunda-feira, depois dos atentados, a Presidência russa descartou o regresso de uma “insurreição islamita” à República do Daguestão, afirmando que a população está “consolidada face ao terrorismo”.

“A Rússia mudou, a sociedade consolidou-se e essas manifestações terroristas não são apoiadas pela sociedade, nem na Rússia nem no Daguestão”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, quando questionado pelos jornalistas sobre se o Kremlin (presidência) temia o regresso de uma “insurreição islamista” no país.

A questão colocada durante a habitual conferência de imprensa do porta-voz presidencial referia-se aos acontecimentos ocorridos na década de 2000, na sequência da segunda guerra da Chechénia.

Apesar das declarações do porta-voz do Kremlin, Putin ainda não se pronunciou diretamente sobre aos ataques atribuídos a terroristas no Daguestão.

Sergei Melikov disse que homens armados abriram fogo no domingo contra duas igrejas ortodoxas, uma sinagoga e uma esquadra da polícia em duas cidades da região do sul da Rússia, de acordo com um vídeo publicado online.

O NAK descreveu como atos terroristas os ataques nesta república com um historial de militância armada.

Melikov decretou três dias de luto na região e disse que seis militantes armados foram mortos.

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Horas antes, a polícia russa anunciou ter abatido quatro alegados terroristas em Makhachkala, capital da região, três dos quais foram identificados como filhos e sobrinho do chefe do principal distrito de Makhachkala, Sergokali, que também foi detido.

Entretanto, na cidade costeira de Derbent, a cerca de 110 quilómetros a sul de Makhachkala, uma igreja e uma sinagoga também foram atacadas.

O chefe de polícia da cidade de Ogni, que se deslocou para apoiar colegas na vizinha Derbent, foi atingido mortalmente, disse o Ministério do Interior da Rússia.

Entre as vítimas mortais estão ainda pelo menos dois civis, o padre da igreja de Derbent e o guarda da igreja de Makhachkala.

De acordo com as autoridades policiais, o número de feridos subiu para 25.

A polícia russa tinha bloqueado no domingo todos os acessos à cidade de Makhachkala, onde tenta capturar os autores dos ataques.

As entradas de Makhachkala foram bloqueadas pela polícia. Segundo informações disponíveis, os cúmplices dos agressores podem tentar fugir e deixar a cidade”, disse o departamento de imprensa do Ministério do Interior do Daguestão, na plataforma de mensagens Telegram.

As autoridades do Daguestão qualificaram como operações antiterroristas as suas ações nos limites administrativos das cidades de Makhachkala e Derbent, ambas nas margens do mar Cáspio.

Os ataques às igrejas ocorreram no mesmo dia em que os ortodoxos russos celebram o Pentecostes.

O Daguestão é uma região russa predominantemente muçulmana vizinha da Chechénia e situada também perto da Geórgia e do Azerbaijão, onde as autoridades anunciam regularmente a realização de operações antiterroristas.

Atualizada às 16h05