A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) pediu ao Governo que garanta até julho a continuidade de cerca de 500 psicólogos a trabalhar nas escolas públicas, a tempo de se preparar o próximo ano letivo.

O apelo surge numa carta aberta ao ministro da Educação em que o bastonário da OPP, Francisco Miranda Rodrigues, reitera um pedido de reunião com Fernando Alexandre, após se ter reunido com cerca de 90 psicólogos das escolas públicas no início deste mês.

Segundo a Ordem, “há cerca de 500 psicólogos cuja continuidade nas escolas ainda não está assegurada, e outros tantos que aguardam todos os anos por uma recondução”.

“Não podemos deixar de salientar que será importantíssimo que a informação sobre a respetiva continuidade saia a tempo de preparação do próximo ano letivo (junho/julho)”, afirmou o bastonário na carta aberta, a que a Lusa teve esta quarta-feira acesso.

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Na missiva, o bastonário transmite a sua “grande preocupação” face à necessidade de assegurar “a continuidade e qualidade das intervenções dos psicólogos junto da população escolar, garantindo que se cumpre a vinculação destes profissionais prevista no Orçamento do Estado”.

O bastonário pede também a continuidade dos Psicólogos do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar.

A inclusão dos psicólogos neste programa representou uma medida extraordinária para mitigar os efeitos da pandemia, mas a sua relevância ficou demonstrada no relatório de balanço do programa, lembrou o bastonário.

Numa outra carta aberta enviada em janeiro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Miranda Rodrigues já tinha alertado para a necessidade de o próximo Governo vincular os psicólogos nas escolas, evitando assim “uma catástrofe para as escolas portuguesas, como seria a saída de cerca de 500 psicólogos”.