O PS/Açores alertou esta quarta-feira que o encerramento da estrada entre a Serreta e o Raminho, na Terceira, pode colocar em perigo a segurança e a vida dos cidadãos, lembrando que a ilha está a enfrentar uma crise sísmica.
“É um problema que se arrasta desde janeiro e a principal conclusão é que até hoje ainda não foi encontrada uma solução. Esta é uma estrada essencial para o concelho de Angra do Heroísmo e para a coesão da ilha Terceira”, refere o deputado no parlamento regional José Miguel Toste, em declarações enviadas à comunicação social pelo partido.
O socialista alerta que o encerramento da estrada (situação que se prolonga desde 14 janeiro devido a derrocadas) não só afeta a “economia da ilha”, como coloca em causa a “segurança pública”.
“Vivemos uma crise sísmica e o corte desta estrada pode meter em causa a segurança das populações que por ela são servidas. Numa situação de evacuação, o encerramento desta estrada pode colocar em perigo a vida destas pessoas, uma vez que a via alternativa não reúne as condições necessárias para uma evacuação em segurança”, alerta.
Sismo de magnitude 2,0 na escala de Richter sentido na ilha Terceira
Esta quarta-feira, o Conselho do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) aprovou o lançamento do concurso público para a reabilitação do talude na estrada regional no Raminho com o valor base de quatro milhões de euros.
Para o deputado do PS/Açores, é “inadmissível” que a estrada continue fechada quase seis meses após as derrocadas.
“Não deixa de ser irónico que, num momento em que região tem a maior dívida de sempre e que se batem recordes de dívida, que fiquem por fazer investimentos que são necessários e urgentes como estes”, declarou.
Segundo o secretário das Finanças, na apresentação das conclusões do Conselho do Governo, a obra na estrada do Raminho visa a “resolução dos problemas de instabilidade daquele troço da estrada regional”.
Antes, em 17 de junho, o governo dos Açores já tinha anunciado a abertura de um concurso para repor as condições de circulação na Estrada Regional 1-1.ª, no Raminho, na ilha Terceira, prevendo a conclusão da obra em 2026.
A atual crise sísmica afeta a ilha Terceira desde 2022.