O gabinete do governador de Istambul proibiu este domingo a 22.ª Marcha do Orgulho e ordenou o encerramento do centro da cidade para impedir a concentração do que descreveu como “grupos ilegais”.

A marcha do Orgulho não será permitida, anunciou sem mais explicações o gabinete do governador, Davut Gül, cujo cargo não é eleito, mas nomeado pelo Governo islâmico conservador da Turquia.

Os grupos de defesa dos direitos LGBTQI+ tinham apelado à realização de uma marcha de protesto não autorizada na principal cidade do país euro-asiático.

Mas a área em redor da praça central Taksim foi encerrada ao trânsito, tendo a polícia controlado o tráfego pedonal e erguido barreiras.

Embora as relações entre pessoas do mesmo sexo não sejam proibidas na Turquia, o Governo do Presidente islamista Recep Tayyip Erdogan tenta há anos impedir a realização do desfile anual do Orgulho e, no ano passado, dezenas de pessoas foram detidas nas marchas não autorizadas.

O Comité da Semana do Orgulho partilhou este domingo uma série de recomendações nas redes sociais para as pessoas LGBTQ+ que desejam participar na Parada do Orgulho de Istambul apesar de tudo.

O Comité recomendou que os participantes levem consigo os seus “documentos de identidade, papel e caneta para documentar qualquer possível processo de detenção, telefone para registar qualquer possível violação de direitos”.

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