Chegou, viu e venceu. A mítica frase podia perfeitamente aplicar-se à carreira de treinador de Didier Deschamps. Depois de um percurso de sucesso como jogador, no qual se sagrou campeão da Europa e do mundo, o francês natural de Bayonne deixou os relvados para se tornar treinador e precisou apenas de duas temporadas para conquistar um troféu.

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Foi ao serviço do Mónaco que ergueu a Taça da Liga de França, em 2003. Desde então passou por Juventus e Marselha e a veia ganhadora levou-o à seleção francesa, onde está desde 2012. Contudo, nos bleus só conquistou o primeiro troféu seis anos depois, vencendo o Campeonato do Mundo da Rússia, já depois de ter passado pela desilusão de perder um Europeu em casa, em 2016, para Portugal. Nos últimos anos conquistou a Liga das Nações e repetiu a final do Mundial, mas os especialistas consideram que o seu ciclo chegou ao fim e é hora de ceder o lugar a outro.

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Com o início do Campeonato da Europa deste ano vieram as críticas. A exigência dos adeptos franceses, que não aguentam continuar sem ganhar troféus, aliou-se aos fracos desempenhos da seleção gaulesa no início da prova. Para além disso, e ao contrário do que é seu apanágio, Deschamps não está a conseguir conter as críticas internas. De acordo com a imprensa francesa, os jogadores estão preocupados com o trabalho do selecionador e, depois do jogo com a Polónia (1-1), Camavinga terá confrontado o treinador, depois de ter sido repreendido.

Nesse desafio, Griezmann também terá sido repreendido por Deschamps, algo inédito nos últimos oito anos. E é precisamente o avançado do Atl. Madrid que está a despertar os maiores debates de ideias em França. Para os mais críticos, o selecionador não consegue tirar o máximo rendimento de Griezmann. As substituições do treinador também são um foco de consternação, já que no segundo jogo, frente aos Países Baixos (0-0), apenas Kolo Muani e Coman saltaram do banco.

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Outro dos motivos questionados pelos jogadores prende-se com a intensidade dos treinos, já que parte do grupo considera que esta não é adequada para preparar um Campeonato da Europa, algo que os próprios números corroboram: França marcou apenas dois golos na fase de grupos, um autogolo e um de penálti. Ainda assim, chegada a fase a eliminar, a França de Didier Deschamps não costuma dar grandes hipóteses aos adversários. O primeiro obstáculo é a vizinha Bélgica.