O ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Mauro Vieira, defendeu no domingo, em Assunção, Paraguai, a necessidade de “fortalecer as instituições” do Mercosul contrariamente aos pedidos do governo argentino para rever o orçamento da organização.

Devemos trabalhar de forma constante e construtiva para fortalecer e não diminuir as instituições”, disse Mauro Vieira na reunião de ministros do Mercosul, durante a qual a sua homóloga da argentina, Diana Mondino, pediu um uso mais eficiente dos recursos porque “não há dinheiro”.

O ministro brasileiro deixou clara a importância que dá a entidades como o Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos e o Instituto Social do Mercosul, num momento de tensão entre o seu governo e o Presidente argentino, Javier Milei, que decidiu não participar na cimeira do bloco, e em vez disso ir a um encontro da extrema-direita que decorre no sul do Brasil.

Além disso, o ministro brasileiro pediu aos demais membros do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, que eliminem os impostos de importação sobre os setores automóvel e do açúcar, dois pilares da economia brasileira.

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Precisamos de harmonizar e melhorar os progressos que fizemos nos diferentes acordos bilaterais, de modo a integrá-los plenamente na nossa união aduaneira”, defendeu.

Em relação aos acordos comerciais com países terceiros, Mauro Vieira apoiou a continuação das negociações para um acordo com a União Europeia, apesar do ceticismo do seu homólogo paraguaio, Rubén Ramírez, que criticou a falta de progressos.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro assegurou que o objetivo do seu governo continua a ser chegar a um acordo “ambicioso e equilibrado” e que espera que “nos próximos meses” sejam feitos os “progressos necessários” para a conclusão do tratado, que é negociado há mais de duas décadas.

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A reunião de ministros antecede a Cimeira de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados marcada para esta segunda-feira, em Assunção, no Paraguai.