A cantora Carla Bruni, mulher do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy, foi acusada na terça-feira no âmbito do caso de financiamento ilegal da campanha de 2012, que envolve o marido, e sujeita a medidas de coação.
Na sequência do interrogatório a que foi sujeita, a modelo e cantora foi acusada de “dissimulação de suborno de testemunha” e de “participação numa organização criminosa com vista a cometer o crime de fraude num processo de crime organizado”, informou fonte judicial.
De acordo com a mesma fonte, Carla Bruni, com a sua ação, induziu em erro os magistrados encarregados de se pronunciarem sobre o inquérito judicial relativo às suspeitas de financiamento líbio da campanha eleitoral de Sarkozy, indiciado em outubro do ano passado no mesmo processo, depois do intermediário Ziad Takieddine se ter retratado em 2020.
Bruni “foi colocada sob vigilância judicial e proibida de contactar com todos os protagonistas deste processo, com exceção de Nicolas Sarkozy”, acrescentou a fonte judicial.
Esta decisão, “pronunciada nos mesmos termos que a relativa ao seu marido (…), é apenas a consequência processual lógica e não tem fundamento jurídico nem factual”, afirmaram à AFP os advogados de Carla Bruni.
Nicolas Sarkozy foi acusado, em outubro, de ocultação de suborno de uma testemunha e de conspiração para cometer fraude organizada para enganar a justiça francesa.