O foguetão Falcon 9, da empresa SpaceX (de Elon Musk), sofreu uma “falha rara e catastrófica” na noite desta quinta-feira, quando transportava um conjunto de satélites para o espaço, e acabou por se desintegrar em órbita, escreve o New York Times. É a primeira vez, em oito anos, que é registado um incidente com este foguetão.

O diretor executivo da SpaceX, Elon Musk, revelou, na rede social X, que o foguetão sofreu um “RUD” — rápida desmontagem não programada — enquanto estava em órbita. “A equipa está a rever os dados para perceber a causa”, escreveu Musk.

Esta é a primeira falha do foguetão Falcon 9 desde 2016, ano em que ocorreu uma explosão na plataforma de lançamento. Desde esse incidente, o Falcon 9 já realizou mais de 300 missões bem sucedidas. Este ano, o foguetão tinha realizado missões a cada 2,8 dias, em média.

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Não se sabe, para já, se a SpaceX vai ser capaz de salvar os 20 satélites Starlink (que se iriam juntar aos mais de seis mil operados pela empresa), e que ficaram comprometidos pela desintegração do foguetão, esta quinta-feira. Outra incerteza prende-se com as próximas missões do Falcon 9, que iriam levar astronautas para o espaço: uma é a viagem privada Polaris Dawn, prevista para o final de julho, e outra, já em agosto, que prevê a entrada na Estação Espacial Internacional de quatro astronautas.

Na quinta-feira, a parte inicial do voo ocorreu sem problemas. O Falcon 9 descolou da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, às 19h35 (3h35 desta sexta-feira, em Lisboa). Uma das partes do foguetão (a parte traseira, que contém os propulsores) voltou à base, mas a parte dianteira (que transportava os satélites) acabou por falhar de forma abrupta, deixando os satélites espalhados numa altitude inferior à pretendida pela empresa SpaceX.

Entretanto, a Administração Federal de Aviação, que licencia lançamentos de foguetões comerciais, revelou que vai levar a cabo uma investigação sobre o incidente, embora não tenham sido relatados “danos à propriedade pública”.

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Se o Falcon 9 estiver fora de serviço por um longo período de tempo, isso pode criar problemas ao lançamento de astronautas para o espaço, por parte da NASA, às operações de turismo espacial da SpaceX e à indústria global de satélites comerciais, que depende muito do Falcon 9, nota a CNN.

Este incidente com a SpaceX segue-se a um outro, que envolveu a nave espacial Starliner, da Boeing.