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A primeira-ministra da Estónia apresentou esta segunda-feira a sua demissão do cargo após ter sido eleita como a próxima Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política a Externa e de Segurança Comum, substituindo o espanhol Josep Borrell.

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Kaja Kallas entregou a sua carta de demissão ao Presidente da Estónia, Alar Karis, embora continue no cargo interinamente até que seja formado um novo executivo, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira no portal da Presidência do país.

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Com a sua renúncia, Kallas desencadeou automaticamente a demissão do seu executivo tripartido, composto pelo Partido da Reforma (de Kallas), de centro-direita, pelo Partido Social-Democrata e pelo partido liberal Estónia 200.

Tem sido uma época cheia de crises, com marcos como o coronavírus, a recessão e a guerra na Europa, quando a Rússia destruiu o nosso anterior quadro de segurança com a sua agressão na Ucrânia”, disse Karis, confirmando que iniciará conversações com o resto dos partidos para a formação do novo governo.

Nesse sentido, Karis revelou que o partido de Kallas, que tem maioria no parlamento, já nomeou um candidato.

O Partido da Reforma anunciou em 29 de junho que escolheu a veterana do partido e ministra do Clima, Kristen Michal, como candidata a primeira-ministra para substituir Kaja Kallas.

“Gostaria de ouvir as opiniões de todos os partidos sobre quem acreditam que poderá formar uma maioria viável”, sublinhou.

A Estónia precisa de um governo que administre e tome decisões que ajude a mudar a economia, garanta a segurança e assegure um sentimento de segurança (…)”, concluiu Karis.

Kaja Kallas, uma advogada que lidera o Partido da Reforma, assumiu o cargo de primeira-ministra em janeiro de 2021, quando se tornou a primeira mulher a chefiar o Governo na Estónia. A política tem sido uma das vozes europeias mais críticas à invasão russa da Ucrânia.

Kallas chegou ao cargo de primeira-ministra após o colapso do Executivo de Juri Ratas e em 2023 obteve uma vitória nas eleições parlamentares, o que significa que deixará o cargo muito mais cedo do que o esperado para regressar a Bruxelas, onde já foi eurodeputada entre 2014 e 2018.

O Partido da Reforma da Estónia faz parte do grupo parlamentar Renovar a Europa, sendo a primeira vez em que outra família europeia que não a dos Socialistas e Democratas controlará a chamada pasta dos Negócios Estrangeiros.

O próximo governo da Estónia deverá tomar posse entre final de julho e início de agosto.