Quatro meses depois das últimas eleições legislativas, o PS ultrapassa a Aliança Democrática nas intenções de votos, numa sondagem revelada este domingo pelo DN, JN e TSF. No entanto, os partidos à direita reforçam a maioria, com a Iniciativa Liberal a crescer e o Chega a recuperar da queda das europeias e a quase igualar o resultado das eleições legislativas de março.

Segundo a sondagem, e se as eleições fossem hoje, o PS somaria agora 29,5% dos votos (mais 1,5% do que nas últimas legislativas), e a AD (coligação que junta o PSD e o CDS-PP) chega aos 27,6%, menos um ponto percentual do que em março. Em terceiro lugar surge o Chega, que consegue recolher 17,5% das intenções de voto (ligeiramente menos do que os 18,1% das últimas legislativas), uma franca melhoria em relação ao resultado das europeias de junho, em que o partido de André Ventura se ficou pelos 9,8% dos votos.

Mesmo com ligeiras quedas da AD e do Chega, a maioria de direita sai reforçada nesta sondagem — realizada pela Aximage — devido à Iniciativa Liberal. O partido de Rui Rocha surge com 7,1% dos votos no rescaldo das europeias, mais do que 4,9% alcançados a 10 de março. Desta forma, os três partidos da direita somam 52,2% das intenções de voto, uma ligeira subida de 0,4 décimas em relação a março.

Blocos de direita e de esquerda crescem

Curiosamente, e ao mesmo tempo que a maioria de direita se reforça, os partidos à esquerda (PS, Bloco, Livre e CDU) recolhem mais intenções de voto — 41,7% contra os 38,8% das últimas legislativas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em quinto lugar na sondagem (realizada entre os dias 3 e 8 de julho, com recurso a 800 entrevistas), surge o Bloco de Esquerda, com 4,6% (mais 0,2% do que em março), em sexto aparece o Livre (com 4,1%, quase mais um ponto percentual que em março), seguido da CDU (com 3,5%, uma ligeira subida em relação a março). Já o PAN recolhe 2,5% dos votos.

Na divisão das intenções de voto por género, o PS leva vantagem de 11 pontos percentuais entre as mulheres, enquanto a AD é a preferida entre os homens, com mais 7% dos votos em relação aos socialistas. Já no que diz respeito às faixas etárias, a AD continua a ser a força política que recolhe mais intenções de votos entre os mais jovens (entre os 18 e os 34 anos) mas também entre os 35 e os 50 anos; já o PS leva uma vantagem significativamente em relação à coligação entre PSD e CDS nas pessoas entre os 50 e os 64 anos e também vence nos maiores de 65 anos, embora com uma margem menor (de 3,7%).

Luís Montenegro é o líder em quem os portugueses mais confiam e que tem melhor avaliação

Na avaliação dos líderes quanto à confiança para primeiro-ministro, Luís Montenegro surge destacado. O atual chefe do governo é aquele em que 37% dos inquiridos mais confiam para ser primeiro-ministro, seguido de Pedro Nuno Santos — o secretário-geral do PS — com 28%. Há ainda 11% que dizem confiar em ambos de igual forma. Já 16% não confiam em nenhum dos dois para liderar o governo.

O primeiro-ministro é também, e novamente por larga margem, o político mais bem avaliado, com um saldo positivo, entre avaliações positivas e negativas, de 29 pontos. Entre os líderes partidários, segue-se Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, com 14 pontos positivos, e Rui Tavares do Livre, com um saldo positivo de quatro pontos e Pedro Nuno Santos, com um ponto positivo.

No vermelho, estão Nuno Melo, do CDS-PP, com cinco pontos percentuais negativos, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, com um saldo negativo de sete pontos, Inês Sousa Real e Paulo Raimundo (do PAN e do PCP, com -9 e -26 pontos percentuais, respetivamente). No último lugar, surge o presidente do Chega, André Ventura, com um saldo de 31 pontos negativos.