A direção do Alternativa Democrática Nacional (ADN) reuniu-se esta quinta-feira com o Presidente da República no Palácio de Belém com a imigração e o regulamento sanitário promovido pela OMS na agenda.

No final da reunião, que durou pouco mais de uma hora, o presidente do partido, Bruno Fialho, disse que os temas em cima da mesa foram as migrações e a “questão do regulamento sanitário que foi aprovado na Organização Mundial de Saúde e que será discutido daqui a dez meses novamente”.

Em matéria de migrações, Bruno Fialho defendeu junto do Presidente da República que é preciso “colocar travão em certas medidas de portas abertas sem atacar os imigrantes“, uma solução “difícil de equilíbrio”.

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Quanto ao regulamento sanitário aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o ADN considera que “sofreu novas e profundas alterações” que merecem discussão pública.

Para o ADN, há diretivas neste regulamento que contrariam a Constituição da República Portuguesa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do ADN sublinhou a resposta “muito positiva” de Marcelo Rebelo de Sousa à leitura que o partido transmitiu da situação atual do país e elogiou a alegada abertura do Presidente para novas reuniões no futuro.

O presidente do partido disse que solicitou a reunião a Marcelo Rebelo de Sousa na sequência dos resultados eleitorais do ADN que, considerou, não devem ser desprezados pelos governantes, ainda que continuem sem representação parlamentar.

“Já são demasiados portugueses que nos apoiam para não serem ouvidos. Se acreditamos — e neste caso é um apontamento aos restantes partidos em assento parlamentar — na democracia, no Estado de direito, na pluralidade de opiniões, então devemos ouvir todas as opiniões que tenham já algum peso significativo e não nos deixarmos levar apenas pelo facto de ter ou não ter assento parlamentar”, frisou.

O ADN, nas últimas eleições legislativas, em março, conseguiu o seu melhor resultado eleitoral de sempre, com 1,58% dos votos — correspondentes a mais de 102 mil eleitores —, que lhe permitiu receber uma subvenção estatal de 339 mil euros, mesmo sem conquistar qualquer lugar no parlamento.

Nas eleições europeias, em junho, o ADN foi o oitavo partido mais votado, com 1,37% dos votos — uma percentagem correspondente a mais de 54 mil eleitores.