As equipas de salvamento continuam esta segunda-feira à procura de dezenas de desaparecidos, após fortes chuvas terem provocado inundações repentinas e a queda de uma ponte em diferentes partes da China, matando pelo menos 25 pessoas.
No sábado, a meio da noite, uma inundação repentina destruiu uma aldeia no sudoeste da província de Sichuan. As equipas de salvamento disseram que 10 pessoas morreram e que estão à procura de 29 desaparecidos.
Dias de chuva intensa fizeram transbordar o rio que atravessa uma aldeia no condado de Hanyuan. De acordo com órgãos locais, a água arrastou 40 casas situadas nas margens do rio, tendo também destruído pontes e cortado estradas.
Na província de Shaanxi, no noroeste do país, vários veículos caíram num rio quando parte de uma ponte de uma autoestrada ruiu, na sexta-feira.
A televisão estatal CCTV informou que pelo menos 15 pessoas morreram. Uma fotografia divulgada pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua mostra que uma secção da ponte se partiu e se dobrou num ângulo de quase 90 graus, tombando na água que corria em baixo.
Os socorristas disseram no sábado que cerca de 20 carros e 30 pessoas estavam desaparecidos.
O colapso levantou mais questões sobre a segurança das infraestruturas rodoviárias e das pontes da China, que foram construídas rapidamente nas últimas décadas. Em maio, um desmoronamento semelhante na província de Guangdong matou 36 pessoas.
As chuvas fortes e as inundações representam um risco especial para as estradas de montanha e as pontes rodoviárias devido à erosão, aos fluxos de detritos e aos deslizamentos de terras.
Com as alterações climáticas, é provável que o mundo se depare com fenómenos meteorológicos e climáticos mais extremos, como recordes de calor e de precipitação.
Este ano, só nos primeiros cinco dias de maio, 70 países ou territórios bateram recordes de calor.