O presidente da Câmara Municipal de Setúbal pediu uma reunião urgente à ministra da Administração Interna para abordar a falta de efetivos policiais no concelho e a construção de uma nova esquadra e comando distrital, anunciou hoje a autarquia.

Em comunicado, o município revela que, na carta enviada à ministra Margarida Blasco, o presidente da Câmara, André Martins (CDU), considera que a falta de efetivos policiais no concelho de Setúbal é “gritante”.

“Embora tenha havido no anterior Governo a promessa de reforçar os meios humanos aqui presentes, a verdade é que são que cada vez mais notórias a falta de agentes policiais e as dificuldades que as forças da autoridade têm para responder às necessidades”, afirma o presidente da Câmara de Setúbal, citado na nota.

O problema da insuficiência de forças de segurança “para dar resposta a situações que são da sua responsabilidade é mais vasto e está a tornar-se insustentável”, acrescenta André Martins, que defende a necessidade de reforçar a capacidade de intervenção das forças de segurança no concelho, em particular da PSP, “antes que a situação se agrave ainda mais”.

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Na carta enviada à ministra da Administração Interna, o autarca setubalense defende também a necessidade de se construir uma nova Esquadra e o novo Comando Distrital, num terreno já cedido pela Câmara Municipal, para “garantir melhor operacionalidade à PSP e dignidade ao exercício das funções dos seus agentes”.

Ainda de acordo com o comunicado, o presidente da Câmara de Setúbal cita também alguns dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2023 relativos a Setúbal, para afirmar que “os números da criminalidade geral subiram, entre 2022 e 2023, de 4.430 para 5.056 crimes, a par de um aumento da criminalidade participada em todo o distrito, que subiu de 31.270 para 35.510 crimes”.

Na carta dirigida à ministra Margarida Blasco, o presidente da Câmara de Setúbal afirma também que os setubalenses sentem diariamente a “falta de meios humanos das forças de segurança e percecionam que a ação de prevenção e vigilância está fortemente diminuída”.