A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) alertou esta terça-feira o Governo para a necessidade de criar “habitações minimamente dignas” para os professores, sem os pôr a “viver ao monte, em quartos, casernas ou em salas de retiro”.

Mário Nogueira reagia à notícia da Rádio Renascença que esta quinta-feira revelou que o ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) está a contactar dioceses, autarquias, instituições da sociedade civil e militares para encontrar casas a preços acessíveis para os professores colocados longe de casa.

Esperamos que, se os professores forem colocados numa caserna, não os façam pagar nada“, afirmou Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião no MECI para discutir o plano para reduzir o número de alunos sem aulas.

“Em Fátima há muitos espaços de retiros, há quartéis que têm vindo a ser desaproveitados, mas estamos a falar de professores que têm direito a uma habitação minimamente digna. Não têm de viver ao monte, em quartos, em casernas, em salas de retiro“, criticou o sindicalista.

O secretário-geral da Fenprof saúda o trabalho que está a ser elaborado para tentar encontrar solução para os milhares de docentes deslocados, mas sem esquecer que “os professores, assim como todas as outras pessoas, têm direito a uma habitação condigna”.

Os elevados preços do arrendamento têm sido apontados como um dos motivos que levam os professores a recusar a colocação em escolas longe de casa, em especial nas regiões de Lisboa e do Algarve, que são apontadas como as que têm mais alunos sem aulas por falta de professores.

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