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A vice-Presidente dos Estados Unidos e potencial candidata presidencial democrata, Kamala Harris, condenou esta quinta-feira a queima de uma bandeira norte-americana durante um protesto contra a visita do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a Washington.
“Condeno a queima da bandeira americana. Esta bandeira é um símbolo dos nossos mais elevados ideais como nação e representa a promessa da América. Nunca deveria ser profanada desta forma”, disse Harris, em comunicado.
Milhares de pessoas manifestaram-se na quarta-feira nas ruas de Washington contra a presença de Benjamin Netanyahu no Congresso dos Estados Unidos da América (EUA). O líder israelita discursou durante uma reunião conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado, as duas câmaras que compõem o Congresso.
Dentro e fora do Capitólio, as imagens dos protestos contra o discurso de Benjamin Netanyahu
Embora a maior parte do protesto tenha decorrido sem incidentes graves, registaram-se pequenos confrontos com as autoridades e 23 pessoas foram detidas.
Manifestantes pró-palestinianos queimaram uma bandeira norte-americana em frente à estação ferroviária de Union Station, juntamente com uma efígie de Netanyahu, e pintaram estátuas na zona com mensagens como “Libertem Gaza” e “O Hamas está a chegar”.
Pro-Palestine protesters burn the USA’s flag near the Capitol Building in Washington.
In protest of Benjamin Netanyahu’s address to Congress.
They burn the flag of the country they live in.
The US could learn many lessons from this, but it won’t. The brain rot in America is… pic.twitter.com/8RNcdcp0jm
— Sanbeer Singh Ranhotra (@SSanbeer) July 25, 2024
“Na Union Station em Washington, D.C. assistimos a atos desprezíveis de manifestantes antipatrióticos e a uma retórica perigosa alimentada pelo ódio”, comentou Harris na sua mensagem.
A vice-Presidente disse condenar “qualquer indivíduo que se associe à brutal organização terrorista Hamas, que prometeu aniquilar o Estado de Israel e matar judeus”.
“Os ‘graffiti’ e a retórica a favor do Hamas são abomináveis e não devemos tolerá-los na nossa nação“, afirmou a vice-Presidente, que garantiu apoiar o direito de protestar pacificamente, mas lembrando que “o antissemitismo, o ódio e a violência de qualquer tipo não são admissíveis”.
Kamala Harris — a única candidata até ao momento à nomeação presidencial democrata após o abandono do Presidente Joe Biden da corrida à Casa Branca — tem sido uma das vozes do Governo mais críticas da morte de milhares de civis na ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 39 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.