A ideia de um nadador-salvador nos Jogos Olímpicos, o local onde estão reunidos os melhores nadadores do mundo, não deixa de ser algo irónica. Ainda assim, o regulamento do Comité Olímpico Internacional obriga à presença de um elemento preparado para lidar com situações de emergência médica — ainda que, na esmagadora maioria das ocasiões, o nadador-salvador seja um simples espectador como todos os outros.

Até Paris. Durante o fim de semana, logo depois de uma das eliminatórias femininas dos 100 metros bruços, a norte-americana Emma Weber perdeu uma das toucas dentro da piscina — isto porque, normalmente, todos os nadadores utilizam duas toucas. A existência de algo a boiar na água gerou alguma confusão dentro da La Dèfense Arena, principalmente porque estava prestes a começar a prova seguinte, mas o mistério depressa foi desfeito pelo herói daquele momento.

De repente, com uns calções coloridos que chamaram a atenção e provocaram as gargalhadas das bancadas do Centro Aquático dos Jogos Olímpicos de Paris, o nadador-salvador entrou em ação. Mergulhou para a piscina e foi buscar a touca em questão, erguendo-a em direção ao público quando saiu da água, em formato vitorioso. Nestes Jogos, pelo menos, o nadador-salvador já teve uma missão.

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