Era preciso recuar até 1996 para encontrar uma ciclista portuguesa na prova de fundo dos Jogos Olímpicos. Na altura, em Atlanta, Ana Barros ficou no 23.º lugar. Este domingo, Daniela Campos tornou-se apenas a segunda atleta a representar Portugal na prova e ficou na 41.ª posição dos 158 quilómetros de estrada que começaram e terminaram no Trocadéro.

Aos 22 anos e na estreia em Jogos Olímpicos, Daniela Campos chegou a 7.53 minutos da vencedora, a norte-americana Kristen Faulkner — cuja medalha de ouro acabou por surgir como uma grande surpresa, já que não estava inserida no lote de favoritas à vitória. Faulkner, que é licenciada em Ciências Computadorizadas, atacou já perto do fim e ficou à frente das duas grandes candidatas ao ouro: a neerlandesa Marianne Vos, que ficou com a prata, e a belga Lotte Kopecky, que levou o bronze.

Depois da prova, em declarações à Agência Lusa, Daniela Campos fez um balanço “positivo” da estreia nos Jogos Olímpicos. “Não foi medalha, não foi nada parecido, mas acho que foi um resultado excelente. Não é, talvez, aquilo que os portugueses esperavam ou exigem, mas acho que é um resultado bastante positivo e demonstra que tenho valor e que tenho oportunidade, talvez futuramente, não sei se nos próximos, mas nuns Jogos futuros, de talvez poder disputar corridas como estas”, explicou a ciclista portuguesa, que viu a prestação ficar condicionada por uma queda sofrida no início da primeira das três subidas a Montmartre.

“Foi um dia de muita emoção, posso dizer que foi um dia único, desde a partida à chegada, foi um ambiente espetacular como nunca antes visto. Tive a oportunidade de me divertir, de sofrer muito também, mas acima de tudo poder desfrutar e usufruir deste que foi um dia único a pedalar e a sofrer pelas estradas de Paris. Saio daqui muito contente e realizada”, terminou.

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