A natação tem estado no centro das principais polémicas dos Jogos Olímpicos de Paris. Entre a piscina alegadamente lenta que trava recordes mundiais e olímpicos, as críticas feitas por Diogo Ribeiro e as longas distâncias que os nadadores têm de cumprir entre a Aldeia Olímpica e a La Defénse Arena, muito tem sido dito sobre as piscinas parisienses.
A natação dos Jogos Olímpicos de Paris terminou este domingo e o balanço global das medalhas continua a demonstrar a superioridade habitual dos Estados Unidos: os norte-americanos conquistaram 28 medalhas, entre oito ouros, 13 pratas e sete bronzes, contra as 18 da Austrália (sete ouros, oito pratas, três bronzes) e as sete de França (quatro ouros, uma prata, dois bronzes).
Le tableau de médailles de la natation, avec la France, portée par un énorme Léon Marchand pic.twitter.com/66piQBtAiI
— L'ÉQUIPE (@lequipe) August 4, 2024
Do lado masculino, os protagonistas foram essencialmente dois: o chinês Pan Zhanle, que venceu os 100 metros livres com direito a recorde do mundo e também conquistou o ouro na estafeta 4×100 estilos, e o francês Léon Marchand, que na estreia nos Jogos Olímpicos ganhou os 200 metros bruços, os 200 metros mariposa, os 200 metros estilos e os 400 metros estilos e bateu o recorde olímpico de todas as distâncias.
Uma das principais surpresas surgiu nos 800 metros livres, onde o irlandês Daniel Wiffen bateu a concorrência e roubou o ouro a Bobby Finke e Gregorio Paltrinieri. O norte-americano vingou-se nos 1.500 metros livres, onde ficou à frente do italiano e do irlandês e bateu o recorde do mundo, e foi mesmo a única medalha de ouro individual dos Estados Unidos na natação masculina.
Do lado feminino, todos os olhares estiveram na final dos 400 metros livres, uma das melhores das últimas décadas de Jogos Olímpicos: Ariarne Titmus, Summer McIntosh e Katie Ledecky lutaram pelas medalhas, com a australiana a superiorizar-se, mas Ledecky deixou uma marca indelével em Paris. A norte-americana venceu nos 800 e nos 1.500 metros livres, quebrando o recorde olímpico da última distância, e igualou a ginasta soviética Larisa Latynina como mulher com mais ouros olímpicos, 14.
Na mariposa, entre os 200 metros e os 200 e 400 metros estilos, Summer McIntosh demonstrou controlo absoluto e conquistou três medalhas de ouro, com direito a dois recordes olímpicos, sendo que a sueca Sarah Sjöström seguiu o exemplo e venceu nos 50 e nos 100 livres. O único recorde mundial que caiu do lado feminino foi mesmo na estafeta 4×100 estilos, onde os Estados Unidos anularam a competição da Austrália e da China.