A natação tem estado no centro das principais polémicas dos Jogos Olímpicos de Paris. Entre a piscina alegadamente lenta que trava recordes mundiais e olímpicos, as críticas feitas por Diogo Ribeiro e as longas distâncias que os nadadores têm de cumprir entre a Aldeia Olímpica e a La Defénse Arena, muito tem sido dito sobre as piscinas parisienses.

A natação dos Jogos Olímpicos de Paris terminou este domingo e o balanço global das medalhas continua a demonstrar a superioridade habitual dos Estados Unidos: os norte-americanos conquistaram 28 medalhas, entre oito ouros, 13 pratas e sete bronzes, contra as 18 da Austrália (sete ouros, oito pratas, três bronzes) e as sete de França (quatro ouros, uma prata, dois bronzes).

Do lado masculino, os protagonistas foram essencialmente dois: o chinês Pan Zhanle, que venceu os 100 metros livres com direito a recorde do mundo e também conquistou o ouro na estafeta 4×100 estilos, e o francês Léon Marchand, que na estreia nos Jogos Olímpicos ganhou os 200 metros bruços, os 200 metros mariposa, os 200 metros estilos e os 400 metros estilos e bateu o recorde olímpico de todas as distâncias.

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Uma das principais surpresas surgiu nos 800 metros livres, onde o irlandês Daniel Wiffen bateu a concorrência e roubou o ouro a Bobby Finke e Gregorio Paltrinieri. O norte-americano vingou-se nos 1.500 metros livres, onde ficou à frente do italiano e do irlandês e bateu o recorde do mundo, e foi mesmo a única medalha de ouro individual dos Estados Unidos na natação masculina.

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Do lado feminino, todos os olhares estiveram na final dos 400 metros livres, uma das melhores das últimas décadas de Jogos Olímpicos: Ariarne Titmus, Summer McIntosh e Katie Ledecky lutaram pelas medalhas, com a australiana a superiorizar-se, mas Ledecky deixou uma marca indelével em Paris. A norte-americana venceu nos 800 e nos 1.500 metros livres, quebrando o recorde olímpico da última distância, e igualou a ginasta soviética Larisa Latynina como mulher com mais ouros olímpicos, 14.

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Na mariposa, entre os 200 metros e os 200 e 400 metros estilos, Summer McIntosh demonstrou controlo absoluto e conquistou três medalhas de ouro, com direito a dois recordes olímpicos, sendo que a sueca Sarah Sjöström seguiu o exemplo e venceu nos 50 e nos 100 livres. O único recorde mundial que caiu do lado feminino foi mesmo na estafeta 4×100 estilos, onde os Estados Unidos anularam a competição da Austrália e da China.

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