Bolas de fogo, explosões de cor e ondas de luz. É assim que a NASA descreve o espetáculo anual de chuva de meteoros que pode ser visto em meados de agosto. Esta segunda-feira, o fenómeno astronómico atinge o seu auge, com cerca de 50 a 100 meteoros a poder ser vistos por hora. Nos próximos dias, ainda que com menos intensidade, será ainda possível assistir à passagem das Perseidas pela Terra.

Ao Observador, o astrónomo José Augusto Matos destaca as noites de 11 e 12 de agosto como as mais propícias para assistir à chuva de meteoros em Portugal. Recomenda, a quem quiser ver as Perseidas na noite desta segunda-feira, a”afastarem-se do litoral”, uma vez que as previsões de névoa podem dificultar a visibilidade.

Sugere ainda aos curiosos da astronomia a sair das cidades e a dar preferência a zonas em que o céu esteja escuro — campo e serras. Esta noite, a observação da chuva de meteoros também deve ser feita após a meia-noite, já que “só a partir dessa hora é que a lua em quarto crescente vai deixar de estar visível e assim deixar de iluminar o céu” — o que dificulta a observação dos meteoros, esclarece o astrónomo.

Além disso, a partir da meia noite a constelação Perceu, de onde surgem as Perseidas, será mais facilmente visível.

Segundo a NASA, esta chuva de meteoros é observada com maior facilidade no Hemisfério Norte durante as horas antes do amanhecer, embora sejam visíveis meteoros a partir das 22h00.

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Em declarações ao New York Times, Michelle Nichols, diretora de observação pública do Planetário Adler em Chicago, garante que os telescópios ou binóculos não são necessários para observar as Perseidas. “Só precisa dos seus olhos e, idealmente, de um céu escuro”, aponta a especialista. Isto porque os meteoros podem atingir grandes áreas do céu, ou seja, o equipamento de observação pode limitar o campo de visão.

Os meteoros têm origem em restos de partículas de cometas e de pedaços de asteróides partidos. Quando os cometas passam à volta do Sol, deixam atrás de si um rasto de poeira. Quando a Terra passa por estes rastos de detritos, e os pedaços colidem com a atmosfera, desintegram-se e criam rastos de fogo e cores no céu.

Perseidas: a chuva de estrelas que conta uma história de amor e outra de martírio

Os pedaços de lixo espacial que interagem com a nossa atmosfera para criar as Perseidas têm origem no cometa 109P/Swift-Tuttle.