A ex-secretária de Lacerda Sales, Carla Silva, pediu ao Parlamento que lhe seja aplicado o regime de proteção de testemunhas no âmbito da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma no Hospital de Santa Maria. Segundo a CNN, que avança a notícia, a antiga funcionária do Ministério da Saúde solicitou ainda que a sua audiência, prevista para 20 de setembro, decorra à porta fechada.

Carla Silva, cujo nome é público desde um depoimento à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde no qual desmentiu o antigo Secretário de Estado da Saúde, pediu ambas as medidas no mesmo requerimento. De acordo com a mesma fonte, a ex-secretária de Sales justifica o pedido para que a sua audiência não seja pública com o direito à “privacidade e salvaguarda dos direitos fundamentais, nomeadamente a sua integridade moral e liberdade de expressão”.

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Já relativamente ao pedido para que lhe seja aplicado o regime de proteção de testemunhas, previsto no Código do Processo Penal, a CNN diz que o requerimento não torna claro se pretende que seja tomada alguma das medidas possíveis neste âmbito  — que vão desde manter a identidade desconhecida a proteção policial, entre outras — ou se o objetivo é garantir que será ouvida na CPI de maneira privada.

A decisão relativa aos dois pedidos, de acordo com a mesma estação televisiva, será tomada na semana anterior à audição.

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