A antiga primeira-ministra francesa Elisabeth Borne anunciou esta quarta-feira que se candidata à liderança do partido Renascimento, fundado pelo presidente Emmanuel Macron, com o objetivo de relançar o partido após o recente desastre eleitoral.
Em entrevista ao Le Parisien, Borne explicou que a atual “instabilidade” política, com uma Assembleia Nacional onde “ninguém” será capaz de aplicar o seu programa, obriga os partidos políticos a desenvolverem um projeto nacional que “dê esperança aos franceses”.
A agora deputada defendeu que o Renascimento não deve limitar-se apenas a apoiar Macron, que não poderá recandidatar-se em 2027, numa tentativa de dar à instituição uma personalidade própria, independente da figura presidencial.
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Borne, no entanto, não deve ser a única candidata no próximo congresso e continua provável a hipótese de o primeiro-ministro cessante, Gabriel Attal, vir a entrar na ‘corrida’. Attal, que substituiu Borne como chefe do executivo no início deste ano, não descartou essa possibilidade após ser eleito líder do grupo parlamentar.
Na sexta-feira, Macron vai iniciar uma ronda de contactos com os vários partidos para tentar aproximar posições e nomear brevemente um novo primeiro-ministro.
A Nova Frente Popular, coligação de esquerda que venceu as eleições em julho, propôs a economista Lucie Castets para o cargo.