Salvador Plasencia, médico que está acusado de ter fornecido ilegalmente cetamina a Matthew Perry, o ator de Friends que morreu de overdose acidental a 28 de outubro de ano passado, planeia regressar ao trabalho já esta semana. O advogado do médico confirmou à NBC News que o médico planeia retomar a prática na clínica de cuidados de emergência, que dirige em Calabasas, cidade em Los Angeles.

Na semana passada, Plasencia declarou-se inocente de uma acusação de conspiração para distribuir cetamina e foi libertado sob uma caução de 100 mil dólares. Um juiz que supervisiona o seu caso decidiu que o médico tem que afixar um cartaz à porta da clínica para informar os potenciais pacientes do seu processo judicial pendente. Já os pacientes são também obrigados a assinar um formulário onde afirmam que compreendem as acusações contra ele e consentem em, mesmo assim, serem acompanhados pelo médico.

Os promotores afirmam que o ator recebeu injeções de cetamina pelo menos 20 vezes nos quatro dias anteriores à sua morte, que aconteceu por intoxicação e afogamento num jacuzzi, tendo recebido três injeções nas horas anteriores ao óbito. Os documentos do tribunal detalham um plano complexo entre o assistente pessoal do ator, Kenneth Iwamasa, e dois médicos no centro de saúde que Perry frequentava para o seu tratamento, Salvador Plasencia e Jasveen Sangha, para vender cetamina ao ator, prescrevendo-a como medicação. Também envolvidos na acusação estão Erik Fleming, conhecido do ator, e um terceiro médico, Mark Chavez.

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Matthew Perry estava a ser submetido a tratamentos com cetamina para tratar a depressão, mas acredita-se que tenha procurado fontes alternativas da substância quando a clínica começou a restringir as doses. Os promotores referiram que o ator obtinha a droga de forma ilegal, em maior quantidade do que as doses programadas, como parte de um vício “fora de controlo”.

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