O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), considerou esta quinta-feira que “as migalhas” que a classe vai receber a título de suplemento de risco mostram que o Estado não valoriza as forças de segurança.
A nota do Sinapol surge após ter sido aprovado em Conselho de Ministros o suplemento de risco para as forças de segurança (PSP, GNR e Guardas Prisionais), o qual será pago com retroativos a julho e que representa este ano um aumento de 200 euros, no próximo ano um aumento de 250 euros e a partir de 2026 uma valorização de 300 euros.
Este aumento acabou por ser aprovado por uma plataforma de sindicatos da PSP e associações sócio-profissionais da GNR após meses de negociações com o Governo, tendo o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) e o Sinapol recusado o acordo.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sublinhou que se trata do “maior aumento” feito para as forças de segurança e de uma “valorização justa para corrigir um erro histórico”.
Contudo, o presidente do Sinapol mantém que este aumento “são migalhas” relativamente ao subsídio de risco que o anterior Governo, presidido pelo socialista António Costa atribuiu à Polícia Judiciária (700 euros), lamentando que “dos 200 euros brutos de aumento, um superintendente receberá 95 euros líquidos e um agente 130”.
Na nota, o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, afirma que já pediu uma audiência ao Presidente da República e também está em conversações com os grupos parlamentares, com o objetivo de “corrigir o erro do Governo”.
“Este é um mau acordo, que em nada serve a dignidade, a honra e os interesses dos polícias”, critica o líder sindical, recordando que o Governo fez tábua rasa da recomendação feita por Marcelo Rebelo de Sousa.