Os meios especializados da força de bombeiros da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (IFCN) poderiam ter sido agilizados mais cedo para ajudar a combater as chamas que lavram há mais de uma semana na Madeira se o Governo Regional tivesse aderido ao Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais 2020-2030. A notícia é avançada pelo Expresso, que explica que, no entanto, o governo de Miguel Albuquerque recusou o convite da Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) lançado em fevereiro de 2020 para que os seus serviços regionais de florestas e a Proteção Civil integrassem os trabalhos de preparação do plano nacional.

Fonte do governo regional confirmou e explicou que a decisão foi tomada porque “a autonomia não pode ser posta em causa”.

A Região Autónoma tem um Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais, que tem “como principal finalidade a coordenação e intervenção dos vários agentes de proteção civil” regionais, como bombeiros, técnicos do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, da GNR, das Forças Armadas e da PSP. Fonte da AGIF defendeu, em declarações ao mesmo semanário, que falta “massa crítica” a este plano, que considera centrado em ações focadas nas causadas ou vunerabilidade, não existindo uma estratégia para governar e gerir o risco.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, em 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Entretanto, vários focos têm sido extintos. Num ponto de situação às 21h00 desta quinta-feira, o Serviço Regional de Proteção Civil  indicou que o fogo estava ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol.

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