Siga aqui o liveblog sobre o sismo registado esta segunda-feira em Portugal

Um sismo abalou esta madrugada várias cidades do sul de Portugal. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera já fez saber que “foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 5,3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 60 km a Oeste de Sines“. O abalo foi sentido em vários pontos de norte a sul do país às 5h11 da manhã — com maior intensidade na região sul, por exemplo, na área metropolitana de Lisboa.

“De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrosísmica actualizada”, refere o IPMA, acrescentando que “se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados”. O sismo terá ainda afetado regiões de Marrocos e Espanha.

Apesar de se ter feito sentir com grande intensidade na região da grande Lisboa, ao Observador, o Comando Distrital de Operações de Socorro disse esta manhã não ter “nada a registar ainda, nem muitas chamadas”.

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A mesma fonte fez saber que, pelas 5h30, “os corpos de bombeiros da Grande Lisboa também não [tinham] grande afluência”.

João Duarte, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e no Instituto Dom Luiz, descreve um sismo de intensidade “bastante considerável”, mas sem “magnitude suficiente para provocar um tsunami”, que se fez sentir durante um “período relativamente longo” e com um epicentro “a poucos quilómetros da costa, que se terá sido sentido mais na zona litoral”.

Em declarações à Rádio Observador, o sismólogo refere que o epicentro do sismo — a cerca de 60 km a Oeste de Sines — decorreu numa zona onde não há muitos sismos, mas que está dentro da placa Euro-Ásia. “A nossa zona sísmica não costuma ser aí, há poucas falhas aí conhecidas”, assegura, referindo que a atividade sísmica costuma ocorrer “mais a sul”.

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Em relação à ocorrência de réplicas, o especialista refere que “normalmente estes sismos são um evento único”. “Não devem existir réplicas ou serão de baixa dimensão”, afirma.

Através de um comunicado emitido na madrugada desta segunda-feira o Governo português diz estar em “coordenação estreita com todos os serviços relevantes na matéria”, na sequência do sismo ocorrido. Informa que “não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento” e apela à população “para que mantenha a serenidade e siga as recomendações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”.

Refere ainda que a “informação será atualizada do longo da manhã, designadamente pelo IPMA e pela Proteção Civil”. O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na qualidade de primeiro-ministro em funções, visitará a Autoridade Nacional da Proteção Civil pelas 09h00 e será recebido pelo Presidente da República, em Belém.