A recente proibição do uso de cavalos para puxar carruagens, anunciada em Bruxelas, está a levar a uma substituição por carruagens movidas a energia elétrica. “O progresso é isto mesmo”, diz um empresário que viu na proibição uma oportunidade para inovar e, assim, investiu na construção de duas carruagens elétricas.
Durante muitos anos, diz o empresário Thibault Danthine ao The Brussels Times, quem conduzia carruagens puxadas por cavalos ouvia frequentes comentários de turistas indignados com o sacrifício que os animais faziam, sobretudo em alturas de maior calor. Porém, o belga diz que não havia muita vontade de mudar as coisas porque se temia que acabar com as carruagens movidas a cavalo acabasse com a autenticidade histórica da cidade.
Mas essa posição mudou com o anúncio de que esse transporte foi proibido, após várias notícias de mortes e desmaios de cavalos usados nesta atividade, em vários locais do mundo.
HORSELESS electric carriages!
Now that Brussels has banned horse-drawn carriages, it is the 1st European city to offer this compassionate and environmentally-friendly transit for tourists. This is what progress looks like!pic.twitter.com/EvR668fM9n
— Shalin Gala (@ShalinGala) August 16, 2024
A capital da Bélgica é a primeira e única (até agora) que tem este tipo de carruagens.
Ao The Brussels Times o empresário, fundador da Well Done Company, explicou que até já tinha parado há mais tempo de utilizar cavalos porque “não funcionava” e acrescentou que “havia uma grande procura pelos passeios”. Na verdade, garante, parou de utilizar os animais por “outros motivos”.
“Um deles era a dificuldade, por vezes, de encontrar um local adequado para os animais ficarem. Depois, havia o debate sobre o bem-estar dos animais. E era um desafio encontrar pessoal que soubesse lidar com cavalos”, justificou.
Com as temperaturas a aumentar em Bruxelas, Thibault via-se obrigado a cancelar um número cada vez maior de passeios a cada verão que passava porque se tornava muito quente para os animais. Agora, com as carruagens elétricas, isso já não acontece e o proprietário conta que já está a pensar em comprar uma terceira carruagem no próximo ano, lê-se no The New York Times.