A 16 de agosto foi assistida, no Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, uma utente grávida de seis meses que acabou por perder o bebé. O caso foi noticiado pelo Correio da Manhã, que escreve que a utente acusou o hospital de “falha médica”. O caso será agora investigado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que pretendem esclarecer os “factos relacionados com a assistência prestada”.
A IGAS e a ERS “irão cooperar na investigação” do caso que levou Daiane Oliveira a perder o bebé aos seis meses de gestação. Em comunicado enviado às redações lê-se que a “Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou um processo de esclarecimento aos factos relacionados com a assistência prestada a uma utente com seis meses de gestação, assistida no Hospital de Cascais Dr. José de Almeida no dia 16 de agosto de 2024″. O mesmo fez a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que, “no quadro das suas atribuições, instaurou um processo de avaliação aos factos“.
“O processo tem como objeto a prestação de cuidados de saúde neonatais na referida unidade hospitalar”, explicam as entidades.
Em causa está o episódio que ocorreu a 16 de agosto, quando, após ter tido um “sangramento forte e a saída de uma secreção”, Daiane Oliveira se dirigiu ao hospital de Cascais, escreve o Correio da Manhã. Foi realizada uma ecografia e o médico terá verificado que “o bebé estava bem, mas já em posição de nascer e com a placenta em baixo”, segundo o pai, Welton Benfica, que acrescenta que o médico “não observou nem examinou” a grávida.
O médico mandou Daiane Oliveira, que estaria prestes a ter o seu primeiro filho, para casa, com a indicação de ficar em repouso absoluto. Cinco dias depois, sentiu a barriga dura e que algo se passava. Ao se dirigir novamente às urgências do Hospital Dr. José de Almeida, Daiane Oliveira teve a confirmação que temia: “Havia pouco líquido na bolsa, já não havia frequência cardíaca e o bebé estava morto”, relata o pai.
Agora, o casal acusa o hospital de Cascais de “falha médica”. Questionada pelo Correio da Manhã, esta unidade hospitalar alegou “questões de sigilo profissional e salvaguarda do direito à privacidade” que impedem uma partilha “com terceiros de informação pessoal e clínica sobre os seus utentes”.
Ainda assim, este hospital assegura que “todos os seus profissionais atuam de acordo com os protocolos e práticas clínicas instituídos, de forma totalmente criteriosa, responsável e humanizada”.