Paulo Carmona que já foi da direção da Iniciativa Liberal assumirá, na segunda-feira, 2 de setembro, a função de diretor-geral da Energia e Geologia, confirmou o Ministério do Ambiente em comunicado, ao fim da tarde de sexta-feira, depois de Expresso e Eco terem noticiado o nome durante a manhã.

Paulo Carmona já tinha sido escolhido por Maria Graça Carvalho para coordenar a estrutura de missão para acelerar o licenciamento de renováveis, cuja liderança foi entregue ao ex-deputado do PSD, Hugo Carvalho. 

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Agora, coloca-o na DGEG. Paulo Carmona já tinha sido presidente da ENSE (Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis), tendo passado, segundo o percurso profissional divulgado, pela Multiplublicações, Martifer, Prio Bio, Merril Lynch, Unifac, CUF Rações. Foi também presidente da Associação Portuguesa de Contribuintes.

Substitui na DGEG Jerónimo Cunha, que tinha sido nomeado por Duarte Cordeiro para esse lugar a 1 de setembro. Ora, como o despacho de exoneração produz efeitos a 30 de agosto, Jerónimo Cunha não deverá levar indemnização.

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Paulo Carmona será o terceiro diretor-geral nos últimos três anos, já que Jerónimo Cunha tinha entrado há um ano, na sequência da saída de João Bernardo, que saiu da funções depois de ter sido revelado que tinha pedido donativos para comprar carros para a DGEG.

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Paulo Carmona assume funções em regime de substituição, já que não decorre de concurso. O Ministério do Ambiente explica que “esta decisão surge na sequência da cessação do cargo do anterior titular e visa assegurar a continuidade e o normal funcionamento do serviço, até à abertura do procedimento concursal e subsequente nomeação de um novo titular”. Segundo o comunicado do gabinete de Graça Carvalho, “a nomeação de Paulo Carmona é vista como um passo importante para reforçar a dinâmica que o Governo pretende incutir no setor da energia, especialmente num momento em que se enfrentam desafios cruciais, como a promoção das energias renováveis e a transição energética”.

O Eco, tal como o Negócios, avançaram esta manhã que o Governo prepara uma reorganização do setor de energoa, com a fusão de cinco organismos: DGEG, LNEG, ENSE, ADENE e EDM. Ao Eco o Governo desmentiu essa informação.

O Governo aproveitou, também, para colocar à frente da APA o seu vice-presidente, José Carlos Pimenta Machado. Também em regime de substituição, depois de ter saído Nuno Lacasta, arguido no âmbito da Operação Influencer, mas que já tinha pedido para ser substituído.

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“José Pimenta Machado, até agora vice-presidente desta entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente e Energia, traz uma vasta experiência e um conhecimento profundo do setor, qualidades que serão fundamentais para enfrentar os desafios atuais e futuros da agência”, diz o comunicado do Ministério que salienta o papel central da APA “na execução dos investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Fundo Ambiental”.

“O Governo considera vital uma nova dinâmica na APA, alinhada com os objetivos estratégicos de desenvolvimento sustentável e resiliência ambiental, sendo este novo ciclo de liderança um passo importante para garantir a execução eficaz dos projetos em curso e promotor de uma gestão ambiental que contribua para o desenvolvimento sustentável e a resiliência de Portugal”. Inicia funções igualmente a 2 de setembro.