Um novo estudo sugere que a maior lua do sistema solar, Ganimedes, foi atingida por um asteroide de grandes dimensões há cerca de 4 mil milhões de anos, causando um impacto que pode ter alterado a sua orientação em relação a Júpiter. A investigação estima que o asteroide que colidiu contra a o satélite fosse 20 vezes maior do que aquele que terá atingido a Terra há 66 milhões de anos (e que está na base da teoria da extinção dos dinossauros por esse motivo).

A eventual alteração da orientação de uma das luas de Júpiter deve-se, além da força devastadora da colisão, ao peso extra do asteroide que poderá ter desestabilizado o satélite, conclui o estudo.

O resultado foi que Ganimedes começou a girar no seu próprio eixo e sempre com a mesma face voltada para Júpiter, ou seja, a parte atingida pelo asteroide virou-se de costas para o maior planeta do sistema solar.

O cientista planetário da Universidade de Kobe no Japão, Naoyuki Hirata, conduziu simulações através de computador e concluiu que o impacto provocado pelo asteroide terá formado uma cratera de 1.000 milhas (cerca de 1.600 quilómetros) de largura. A superfície rugosa de Ganimedes explica-se através do impacto acarretado pela colisão. Assim, Hirata explica na Scientific Reports que “toda a superfície original da lua foi destruída”, o que provocou danos significativos ao satélite, já que o seu interior também foi afetado.

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Em busca de mais evidências científicas, foi lançada no ano passado a missão Juice com o objetivo de estudar Júpiter e as suas luas. O professor Leigh Fletcher, da Universidade de Leicester, destacou o regular bombardeamento cósmico de que as luas de Júpiter são alvo há biliões de anos e acredita que as observações da missão Juice podem ser uma boa fonte de explicações para o sucedido.

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