O almirante Henrique Gouveia e Melo voltou a sugerir que pode avançar para uma candidatura presidencial quando deixar de ser militar. “Não vou responder a essa pergunta porque não posso dizer sim“, disse o chefe de Estado-maior da Armada, numa alusão ao estatuto que impede os militares no ativo de se envolverem na política. Em entrevista na RTP, Henrique Gouveia e Melo reitera, no entanto, que “não é a elite política ou um grupo de comentadores” que vai decidir que um ex-militar que sai do ativo não se pode candidatar a Belém.

Gouveia e Melo diz que, como ainda é militar, só pode responder “não” (o que não quer) ou “nim”, que é o que “tem feito”. O almirante diz que é “prematuro” anunciar a decisão (até porque se fosse de avançar, não poderia) e acusa a bolha mediática de o estar a tentar condicionar (precisamente não poder responder “sim” à questão).

O chefe do Estado-maior da Armada revê-se na forma como um ex-militar exerceu a função de Presidente da República, ao dizer que “a população portuguesa tem de estar muito agradecida ao um último militar que esteve no cargo, que é o general Ramalho Eanes“.

Gouveia e Melo diz ainda que agradeço “o relevo” que lhe dão nas sondagens, mas avisa: “A minha decisão, seja ela qual for, não será condicionada por sondagens.” O almirante não se furta, no entanto, a traçar um pequeno plano para o país, no qual destaca, por exemplo, a “maior produtividade da nossa economia” e a necessidade de o “desenvolvimento do país” estar ao nível dos países do Norte da Europa.

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