Já a partir do mês de outubro as trotineta elétrica partilhadas vão desaparecer da cidade de Madrid para a “segurança dos madrilenos”.
A Câmara Municipal de Madrid decidiu revogar esta quinta-feira as licenças concedidas às empresas Lime, Dott e Tier Mobility devido a incumprimentos relacionados com prestação de informação por parte das operadoras e também por razões de segurança. O facto de existir uma nova lei nacional, que entrará em vigor no próximo mês e poderá levar à concessão de novas licenças, também facilitou o timing para a decisão da autarquia.
????#Madrid revoca las autorizaciones de patinetes???? de alquiler y ya no podrán circular por las calles de la ciudad
✅Lime, Dott y Tier Mobility deberán retirar sus vehículos a partir de octubre por incumplir las obligaciones establecidas en las bases
????https://t.co/5tqxOMWGFD pic.twitter.com/TgmcTfEk84— Ayuntamiento Madrid (@MADRID) September 5, 2024
Com estas novas licenças a Câmara Municipal de Madrid pretende acabar com as trotinetas mas também reduzir o número autorizado a circular na cidade de modo a “garantir a integridade física e segurança” dos cidadãos, declarou o presidente da câmara de Madrid José Luis Martínez-Almeida.
Nuestra prioridad es la integridad física y seguridad de los madrileños. Revocamos la autorización a las empresas concesionarias de patinetes en las calles de la ciudad. Han incumplido los condicionantes que impusimos para garantizar la seguridad de los peatones, especialmente,…
— José Luis Martínez-Almeida (@AlmeidaPP_) September 5, 2024
Em causa está a incompatibilidade entre a tecnologia dessas empresas para controlar a mobilidade dos seus utilizadores enquanto assegura a segurança dos pedestres explica o El País.
As empresas não gostaram da medida e uma delas, a Lime, declarou que a notícia foi uma “surpresa”. “Representa uma mudança inesperada e prejudicial não só para as empresas comprometidas e seus utilizadores, mas para a cidade de Madrid como um todo”, lê-se no El Mundo.
Após o anúncio da medida, a empresa solicitou à Câmara Municipal uma reunião urgente com a equipa de mobilidade da capital, assim como exigiu uma reunião com o presidente desta pasta, Borja Carabante, e com o presidente, Martínez-Almeida, para esclarecer a situação.
Esta retirada de trotinetas da cidade deve-se a vários incumprimentos que as empresas estão a cometer. Entre eles está, “a não prestação de serviço a toda a cidade, a falta de cobertura dos seguros e a ausência de tecnologia que impeça a circulação e o estacionamentos dos veículos em zonas proibidas”, explicou o presidente da câmara.
O sistema desenvolvido pela autarquia limitou o número de trotinetas localizadas no interior da cidade a 3.600 e a 2.400 no resto do município, estabelecendo um rácio de 10 trotinetas por cada 10.000 habitantes.
No entanto, a autarquia não conseguiu confirmar esta distribuição devido à falta de informação enviada pelas empresas, de acordo com a notificação. Assim, durante o mês de outubro, as atuais 6.000 trotinetas serão recolhidas das ruas.