O acesso à Fontana di Trevi, em Roma, para os turistas, vai passar a ser pago e terá um tempo cronometrado para a visita. Com o turismo na cidade atingir números cada vez maiores, superando este ano os 50 milhões de visitantes registados em 2023, a autarquia da capital italiana está a considerar que o acesso à Fontana di Trevi só seja possível mediante reserva, avança o Corriere della Sera.

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Ao mesmo tempo, deverá ter de ser pago o valor de dois euros e a visita apenas pode durar até 30 minutos. Esta medida será aplicada exclusivamente aos turistas, continuando os romanos a poder visitar o monumento, que é património da UNESCO, quando quiserem e de forma gratuita.

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Pano de fundo de vários filmes, a fonte do século XVIII é um dos locais mais desejados pelos visitantes de Roma. O responsável pela pasta do turismo da cidade, Alessandro Onorato, explicou que a “ideia é introduzir um bilhete de dois euros, gratuito para os romanos, para entrar na bacia da Fonte de Trevi”.

Num vídeo divulgado no seu Instagram, onde usou a Fontana como cenário para demonstrar as centenas de turistas no local, acrescentou que: “as receitas seriam reinvestidas na proteção do monumento e na contratação de pessoal para garantir a segurança e gerir o fluxo de turistas, criando novos postos de trabalho”.

Segundo Alessandro Onorato, o objetivo desta medida é trazer “mais segurança e uma melhor experiência para os visitantes”.

Queremos que a visita à Fontana di Trevi seja uma verdadeira experiência, e não um caótico empurra-empurra entre um turista e outro para obter o melhor ângulo de selfie”, declarou.

O “pagamento simbólico” servirá como ajuda para a autarquia que terá de contratar funcionários para controlar as entradas e saídas no com um tempo máximo de 30 minutos, sublinhou Alessandro no vídeo.

O autarca explicou que o objetivo não é fazer dinheiro, mas sim controlar as multidões e evitar comportamentos inadequado, como comer num local que “merece respeito”.

O objetivo é diminuir os fluxos e desencorajar o consumo de pizzas ou de gelados, que se multiplicam apesar do regulamento anti-bivaque, num local que merece respeito”, lê-se no Corriere della Serra.

Esta questão está prevista no regulamento anti-bivaque, um conjunto de medidas para combater o acampamento ou a ocupação irregular de espaços públicos e que está sujeito a multa por parte dos incumpridores.

O assunto, que já era falado há algum tempo, ganhou agora maior dimensão numa altura em que Roma prepara o Jubileu 2025, um evento católico que deverá atrair mais de 30 milhões de peregrinos.

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