As torres de vigilância da prisão de Vale de Judeus foram demolidas em 2017, mas o plano era construir quatro torres novas. A construção, no entanto, nunca avançou, uma vez que obra teria um custo de 245 mil euros e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais não tinha orçamento.

De acordo com a informação avançada pelo Expresso, o plano para a construção das novas torres é de 2015 — dois anos antes da demolição das torres de vigilância que nunca chegaram a ser substituídas —, e é referido no relatório preliminar feito a propósito da fuga dos cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus.

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A necessidade da construção de novas torres de vigilância terá sido, aliás, tema numa reunião que aconteceu em 2021 entre o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional e os diretores da prisão de Vale de Judeus. Nesse encontro, a direção desta cadeia considerou que era prioritária a intervenção nos pátios dos pavilhões, deixando para depois a elevação de um dos muros em cerca de dois metros e a construção das torres. Na mesma altura, o diretor considerou também que existiam dúvidas em relação à necessidade das referidas torres, uma vez que estava prevista a melhoria do sistema de videovigilância.

A propósito da necessidade de aumentar a segurança na prisão, este sindicato, adiantou também o Expresso, teve outra reunião em 2022, em que foi discutida a urgência de criar equipas fixas para monitorização das imagens das câmaras de vigilância.

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