A China acusou hoje a Alemanha de aumentar os riscos de segurança no estreito de Taiwan, um dia depois de dois navios alemães terem atravessado a zona entre Taiwan e China. “O comportamento do lado alemão está a aumentar os riscos de segurança e a enviar sinais errados”, afirmou o porta-voz das forças armadas chinesas Li Xi, em comunicado.

Li acrescentou que as tropas de Pequim na região iam “combater resolutamente todas as ameaças e provocações”.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse na sexta-feira que a fragata Baden-Württemberg e um navio de abastecimento, que a acompanhava, estavam a dirigir-se para o estreito ou a atravessá-lo. Os navios de guerra dos Estados Unidos e do Canadá atravessaram o estreito de Taiwan em várias ocasiões nos últimos meses, o que levou o exército chinês a declarar-se em “estado de alerta”.

A China e Taiwan vivem autonomamente desde 1949, quando o governo nacionalista da então República da China se refugiou na ilha, depois da vitória do Partido Comunista Chinês na guerra civil.

Pequim considera Taiwan uma província rebelde e ameaça tomá-la pela força se a ilha, com cerca de 24 milhões de habitantes, declarar formalmente a independência. Em 2021, Berlim lançou a primeira missão naval alemã na região da Ásia-Pacífico desde o início da década de 2000, sem se aventurar no estreito de Taiwan.

O governo do chanceler alemão, Olaf Scholz, endureceu o tom em relação à China num contexto de crescentes rivalidades económicas e geopolíticas, enquanto procura um equilíbrio delicado entre a proteção dos seus interesses estratégicos e de segurança e a manutenção dos laços económicos com este parceiro comercial crucial.

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