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Três civis morreram, incluindo um jornalista, e outros nove ficaram feridos na manhã desta terça-feira em ataques israelitas contra a capital síria, Damasco, avançaram as autoridades do país.
“Aproximadamente às 2h05 [00h05 em Lisboa], o inimigo israelita lançou um ataque aéreo com aviões de guerra e drones desde o Golã sírio ocupado, visando vários pontos da cidade de Damasco”, disse o Ministério da Defesa sírio.
Num comunicado, o ministério acrescentou que “a agressão causou o martírio de três civis, o ferimento de outros nove e danos significativos em propriedade privada”.
A televisão estatal síria Syrian TV disse num comunicado de imprensa que “lamenta a apresentadora Safaa Ahmad, que morreu como mártir na agressão israelita à capital Damasco”.
Horas antes, a SANA disse que as defesas aéreas na área de Damasco intercetaram, pela terceira vez esta madrugada, “alvos hostis”, uma expressão geralmente utilizada para se referir aos ataques israelitas.
O ataque ocorreu num momento de crescentes tensões regionais ligadas à guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza e o seu aliado xiita Hezbollah no Líbano.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram esta terça-feira que iniciaram uma incursão terrestre “limitada, localizada e direcionada” contra “alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano”, algo que era esperado nos últimos dias, dada a intensificação das ofensivas contra o movimento xiita em todo o Líbano.
Além disso, o exército israelita atacou esta madrugada o campo de refugiados palestinianos de Ein el-Hilweh, no sul do Líbano, onde estaria supostamente Munir Al-Maqdah, líder da Al-Aqsa, o braço armado do movimento palestiniano Fatah, avançou a imprensa local.
De acordo com fontes palestinianas citadas pela televisão libanesa Al Manar, o objectivo da incursão israelita neste campo onde vivem mais de 100 mil palestinianos, na cidade de Sidon, a mais de 50 quilómetros da fronteira, seria a casa de Munir, que terá saído ileso.
Este é o primeiro ataque a este grande campo de refugiados palestinianos desde o início das recentes hostilidades entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Também esta terça-feira, três ‘rockets’ atingiram uma base que acolhe forças dos Estados Unidos perto do aeroporto internacional de Bagdade, no Iraque, sem causar vítimas, adiantaram duas fontes de segurança à agência de notícias France-Presse.
Os EUA destacaram cerca de 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria no âmbito da coligação internacional criada em 2014 para combater o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI).
O EI assumiu o controlo de partes inteiras da Síria e do Iraque a partir de 2014, antes de ser derrotado em 2019 por esta coligação internacional.
A coligação internacional contra o grupo vai terminar dentro de um ano no Iraque, anunciaram na sexta-feira Washington e Bagdade, mas vai continuar a sua missão na Síria.