Siga aqui o liveblog do conflito no Médio Oriente

A União Europeia (UE) mobilizou esta quinta-feira 30 milhões de euros para ajuda humanitária ao Líbano, devido ao conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, anunciou a Comissão Europeia, admitindo estar “extremamente preocupada” com um alargamento regional.

“À medida que prossegue a escalada das hostilidades entre o Hezbollah e Israel, a Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira mais 30 milhões de euros de ajuda humanitária para ajudar os mais necessitados no Líbano”, indica o executivo comunitário em comunicado.

Citada pela nota, a presidente da instituição, Ursula von der Leyen, diz estar “extremamente preocupada com a constante escalada das tensões no Médio Oriente”.

“Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as vidas de civis inocentes”, apela a responsável, apontando que a ajuda humanitária esta quinta-feira anunciada visa garantir “que os civis recebem a tão necessária assistência durante este período tão difícil”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Continuamos a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns”, adianta Ursula von der Leyen.

A verba esta quinta-feira mobilizada pela UE vem juntar-se aos 10 milhões de euros já anunciados em 29 de setembro, elevando o total da ajuda humanitária europeia ao país para mais de 104 milhões de euros este ano.

Este novo pacote de ajuda de emergência fornecerá assistência alimentar urgente, abrigo e cuidados de saúde, entre outros apoios essenciais, sendo que a Comissão Europeia também está a facilitar a prestação de assistência material a Beirute através do Mecanismo de Proteção Civil da UE.

O conflito desencadeou uma deslocação sem precedentes da população no Líbano, tendo já provocado milhares de vítimas e feridos entre os civis.

Depois do ataque iraniano com 180 mísseis contra Israel na terça-feira, o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, lançou na quarta-feira cerca de 100 foguetes, sem causar feridos nem vítimas mortais.

Como foi o maior ataque do Irão contra Israel. 220 mísseis de última geração, disparados durante uma hora

De acordo com um comunicado militar israelita, foram detetados 70 lançamentos de foguetes num período de duas horas contra a zona da Galileia Ocidental, no norte de Israel, e os projéteis caíram em zonas abertas.

Da mesma forma, foram detetados outros dois mísseis que atravessaram a fronteira entre o Líbano e Israel e outros 30, novamente contra a Galileia Ocidental ao final da tarde, todos atingindo zonas despovoadas.

A ofensiva terrestre de Israel ocorreu após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos que fizeram quase dois mil mortos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.

Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.

Hezbollah confirma morte do líder, Hassan Nasrallah. Biden apoia “direito de Israel se defender”. 44 portugueses já regressaram do Líbano

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 7 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns.

Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez milhares de mortos e de feridos.

O cessar-fogo na Faixa de Gaza está a ser mediado, principalmente, pelos Estados Unidos, Egito e Qatar, que há meses buscam uma trégua entre Israel e o Hamas, mas as duas partes beligerantes não chegam a um acordo.