Uma enorme explosão de um camião-cisterna no exterior do aeroporto de Karachi, no Paquistão, matou duas pessoas e feriu pelo menos dez, segundo as autoridades. O ataque foi, entretanto, reivindicado pelo Exército de Libertação Baluche (ELB).

O ministro provincial do Interior, Zia Ul Hassan, disse à estação de televisão local Geo que se tratava de um ataque contra estrangeiros. Por seu turno, um funcionário do Ministério do Interior disse à agência de notícias norte-americana AP que se tratou de um ataque contra cidadãos chineses, um dos quais ficou ferido.

Milhares de trabalhadores chineses estão no Paquistão, a maior parte deles envolvidos na iniciativa multibilionária de Pequim “Uma faixa, uma rota”, que liga o sul e o centro da Ásia à capital chinesa.

Os vídeos mostram carros em chamas e uma espessa coluna de fumo a sair do local, tendo sido enviado um grande destacamento militar para o local, que foi isolado.

O inspetor-geral adjunto do leste do país, Azfar Mahesar, disse que as autoridades estão a investigar as causas. “Estamos a determinar a natureza e as razões da explosão. Isso leva tempo”, disse. Entre os feridos encontravam-se agentes da polícia, acrescentou.

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Exército de Libertação Baluche reivindica ataque contra chineses

O Exército de Libertação Baluche reivindicou, entretanto, o ataque. Segundo um comunicado publicado pelo grupo separatista, o ataque visou viaturas em que seguiam engenheiros e investidores chineses de alto nível, quando saíam do aeroporto.

Com um dispositivo explosivo improvisado, a explosão causou várias vítimas entre a comitiva chinesa e as forças de segurança que a escoltavam, adiantou a mesma fonte. O porta-voz do ELB, Yiyand Baloch, indicou que fornecerá mais informações “em breve”.

Fontes citadas pela rede de televisão paquistanesa GEO TV indicaram que uma das pessoas feridas está em estado crítico e que entre as vítimas há agentes da autoridade e civis, uma vez que a explosão afetou outros veículos que estavam na área.

O Paquistão registou nos últimos meses um aumento nos ataques do ELB, mas também do movimento Tehrik-i-Talibán Paquistão (TTP) — conhecido como os talibãs paquistaneses. A insegurança tem estado centrada nas regiões de Jíber Pajtunjua e Baluchistão.