O Bloco de Esquerda acusa a direita parlamentar de ter rejeitado, “em coro“, a proposta para a projeção das cores da bandeira da Palestina na fachada da Assembleia da República. O Bloco apresentou a iniciativa na Conferência de Líderes parlamentares dando como exemplos anteriores a projeção da bandeira da Ucrânia ou de Israel.

O líder parlamentar, Fabian Figueiredo, lamentou, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos da Assembleia da República, que exista “uma maioria de bloqueio que tenha impedido que o Parlamento português se posicione de forma clara a favor de um cessar fogo permanente”, numa atitude que considera “incompreensível”.

Para o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, a “motivação de lutar pela paz e de fazer o luto pelas vitimas não mereceu acolhimento maioritário” da Conferência de Líderes, culpando “a direita” por se ter “juntado em coro para rejeitar esta proposta”. Fabian Figueiredo lembrou que no ano passado, ainda sob liderança de Augusto Santos Silva, foram projetadas as cores da bandeira de Israel e no passado também da Ucrânia.

O Bloco de Esquerda queria assinalar esta iniciativa a 27 de outubro, data que assinala a invasão da Faixa de Gaza, acrescentando que “esta era uma iniciativa que procurava somar aos esforços feitos por todos os que têm apelado ao fim da utilização de armas em Gaza, a começar pelo secretário geral da ONU, António Guterres e pelo subsecretário geral adjunto, Jorge Moreira da Silva”.

Fabian Figueiredo critica ainda a “hipocrisia insanável” de Portugal por “se posicionar a favor da paz e da solução dos dois estados enquanto só reconhece oficialmente o Estado de Israel”, dizendo que “é preciso ultrapassar” esta posição que tem sido mantida pelo Governo português.

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