O Presidente da República assinala esta quinta-feira o Dia Mundial da Saúde Mental e afirma esperar que o quadro normativo recente em Portugal contribua para uma “efetiva melhoria da salvaguarda de direitos e prestação de cuidados”.

Numa mensagem publicada no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa associa-se à Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta data, “destacando a necessidade e a importância das respostas de proximidade nos cuidados de saúde mental”.

O chefe de Estado refere que “a desmistificação dos problemas de saúde mental e a defesa de ambientes seguros e saudáveis nos locais de trabalho, onde se incluem as escolas, são os alertas priorizados neste 10 de outubro”, em que o tema é a “saúde mental no trabalho”.

Quanto à situação nacional, “o Presidente da República recorda que Portugal dispõe de um quadro normativo recente”, que, afirma, “deve contribuir para a efetiva melhoria da salvaguarda de direitos e prestação de cuidados às pessoas com necessidades de cuidados de saúde mental”.

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“Trata-se de necessidades tantas vezes invisíveis ou alvo de preconceito e discriminação cuja sinalização e satisfação é obrigatória, em todas as circunstâncias”, acrescenta.

Em julho do ano passado, na anterior legislatura, o Presidente da República promulgou o decreto do parlamento que aprovou a nova lei da saúde mental, ao qual apontou “falta de densificação de alguns conceitos e figuras jurídicas”.

Na altura, o chefe de Estado anunciou que, “não obstante”, promulgou o decreto, “esperando que este quadro normativo contribua para uma melhoria na salvaguarda de direitos e na prestação de cuidados de saúde às pessoas com necessidades de cuidados de saúde mental, nomeadamente no que refere à existência de estruturas de apoio aos referidos doentes em todas as circunstância”.

O decreto promulgado, com origem numa proposta de lei do então Governo do PS, revogou a lei de saúde mental de 1998 e alterou legislação conexa, o Código Penal, o Código da Execução das Penas e o Código Civil.

Foi aprovado na Assembleia da República em votação final global em maio de 2023, com votos a favor de PS e PCP, votos contra de PSD e Chega e abstenções de IL, BE, PAN e Livre.