Alguns idosos, reformados e pensionistas da Madeira concentraram-se esta quinta-feira no Funchal, no dia em que se assinala o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, para exigir aumentos das pensões.

“O objetivo desta iniciativa é estarmos solidários com as iniciativas que estão a acontecer em todo o país. O Murpi [Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos] está a levar a cabo diversas concentrações em todo o país e obviamente que os problemas, se passam no país, também se passam na região autónoma”, afirmou o presidente da Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos da Madeira.

Em declarações aos jornalistas, no Funchal, Batista Monteiro disse que “muito se fala e pouco se faz” em relação a medidas para erradicar a pobreza, realçando que os objetivos da Madeira são comuns a nível nacional, designadamente de aumento das reformas.

A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi) defende um aumento do valor das pensões em 5%, num manifesto enviado à Assembleia da República em que pede também a atribuição de médico de família a todos os reformados.

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As medidas constam de um manifesto enviado no domingo aos deputados da Assembleia da República, com as prioridades para o Orçamento do Estado para 2025.

No que respeito às pensões, a confederação defende o aumento em 5%, num mínimo de 70 euros, e a criação de mais dois escalões para as pensões mínimas, de forma a valorizar as longas carreiras contributivas e evitando o recurso ao complemento solidário para idosos.

O responsável da Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos da Região Autónoma da Madeira referiu que, dos cerca de 250.000 habitantes da região, 72.000 estão no limiar da pobreza, dos quais cerca de 20% são pensionistas e reformados.

“Cerca de 20% ser pensionistas e reformados é exagerado, mas também facilmente nós percebemos. Com reformas tão baixas, pensões tão baixas, é evidente que os reformados têm de viver no limiar da pobreza”, lamentou.

“E é isto que nós queremos combater no nosso dia-a-dia. Estamos no nosso dia-a-dia a opor-nos a estas situações e a fazer exigências junto do poder político, com exigência de aumentos para todas as pensões, com uma série de exigências que a todos os reformados desta região diz respeito”, reforçou Batista Monteiro.