A investigação feita pela Polícia Judiciária (PJ) à morte de Odair Moniz, esta segunda-feira na sequência de uma operação policial na Cova da Moura, sugere que terá havido um uso desproporcional e injustificado de força, com recurso a meios letais. A informação é avançada pela CNN Portugal.
Bairro do Zambujal. Autocarro em chamas e tiros após vigília por homem morto pela PSP
A investigação refere que terá havido um excesso por parte do agente da PSP, que terá apenas um ano de serviço, na reação a Odair Moniz. O agente estaria acompanhado por um colega de patrulha, com mais dois anos de experiência.
Segundo o comunicado da direção nacional da PSP emitido na segunda-feira, o homem de 43 anos pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial na Avenida da República, na Amadora, e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”. O agente da PSP foi ouvido pela PJ e foi constituído arguido esta terça-feira, disse fonte da PJ à Lusa. A arma de serviço foi-lhe apreendida.
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Odair Moniz vivia no Bairro do Zambujal, onde esta terça-feira houve uma vigília. Seguiram-se momentos de tensão horas depois, quando um autocarro da Carris Metropolitana foi incendiado.