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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia criticou a viagem de António Guterres à Rússia, para participar na cimeira dos BRICS, em Kazan, e para se reunir com o Presidente Vladimir Putin, na quinta-feira.

Na mensagem publicada na rede social X, o ministério afirma que o secretário-geral das Nações Unidas recusou o convite feito pela Ucrânia para estar presente na primeira cimeira da Paz, em junho deste ano, na Suíça. O evento, segundo o MNE suíço, tinha como objetivo reunir os vários líderes mundiais, de modo a desenvolver o “entendimento comum de uma via para uma paz justa e duradoura na Ucrânia”. Desta forma, esta rejeição de António Guterres, agora comparada com o seu encontro com Putin na Rússia, “prejudica a reputação da ONU”.

“Não aceitou o convite para a cimeira da Paz, na Suíça, mas aceitou o convite do criminoso de guerra Putin para ir a Kazan”, escreve o MNE ucraniano, sublinhando que esta decisão tomada pelo secretário-geral é “errada” e “não avança a causa de paz”.

Esta será a primeira reunião entre Guterres e Putin desde 2022, na altura em que começou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com o encontro para quinta-feira, dia 24 de outubro, confirmado pelo porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Yuri Ushakov.

“Naturalmente, uma atividade internacional de tal magnitude não acontecerá sem reuniões bilaterais”, referiu Ushakov em conferência de imprensa, indicando um total de sete encontros entre Putin e as várias personalidades presentes em Kazan. “O Presidente manifestou o desejo de conhecer literalmente todos os chefes de Estado”, sublinhou. Para além de Guterres, também estão marcadas reuniões com Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana, com os respetivos líderes dos BRICS — Brasil, Índia, China e África do Sul — e ainda do Egíto, Irão, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.

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