A taxa de inflação de outubro acelerou para 2,3%, mais 0,2 pontos que no mês passado, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O mês de outubro determina, por seu lado, o valor com que as portagens vão poder subir em 2025 e o valor indica que poder-se-á chegar a um aumento de 2,2% (2,13% da inflação homóloga sem habitação, mais os 0,1 pontos que as concessionárias ainda podem acrescentar pelo travão que foi aplicado em 2023).
No que toca aos preços, a estimativa do INE indica que a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, terá ficado nos 2,6%, o que representa uma desaceleração face aos 2,8% registados em setembro.
O índice que mede a variação dos produtos energéticos registou uma variação negativa, de -0,2%, mas menor face aos -3,5% registados no mês anterior, “essencialmente devido à conjugação do aumento mensal registado neste agregado (1,3%) com o efeito de base associado à redução registada em outubro de 2023 (-2,1%)”, explica o INE.
O maior contributo para a aceleração dos preços foi dos produtos alimentares não transformados, cujo índice aumentou de 0,9% para 2,1%.
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O INE estima que a variação média nos últimos doze meses do índice de preços no consumidor seja de 2,2%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que conta para as comparações europeias, terá registado uma variação homóloga de 2,6%.
Os dados definitivos da inflação de outubro serão publicados pelo INE no próximo dia 13 de novembro.
Inflação na zona euro acelera
Na zona euro, a inflação acelerou em outubro para 2%, um avanço de 0,3 pontos registado em setembro, divulgou esta quinta-feira o Eurostat, também numa estimativa preliminar. O gabinete de estatísticas da União Europeia conclui que os serviços continuam a puxar os preços para cima, com uma taxa de 3,9%, apesar de não ter registado oscilações mensais.
A maior aceleração registou-se no preço dos alimentos, álcool e tabaco, que passou de 2,4% em setembro para 2,9% em outubro. Na categoria de alimentos não processados, o índice acelerou de 1,6% para 3%.
A análise da inflação por país, que tem em conta o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), mostra que a Bélgica é estado-membro com a taxa homóloga mais elevada, com 4,7%, seguida pela Estónia, com 4,5%. A Eslovénia registou uma inflação nula, com uma variação de 0%. Na Lituânia e na Irlanda a variação do IHPC foi de 0,1%.