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O Exército israelita anunciou esta quinta-feira a morte de Muhammad Jalil Alian, comandante da unidade de mísseis antitanque do grupo xiita libanês Hezbollah, no sul do Líbano, a cerca de 11 quilómetros da fronteira com Israel.

Alian morreu na segunda-feira num bombardeamento da Força Aérea israelita contra a zona de Qalaouiyeh, de acordo com um comunicado divulgado esta manhã pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

“A Força Aérea atacou cerca de 150 alvos do Hezbollah e do [movimento islamita palestiniano] Hamas em Gaza e no Líbano“, anunciaram esta manhã as IDF, garantindo que entre os alvos estavam centros de comando, armazéns de armas, postos de observação e lançadores de foguetes.

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Na quarta-feira, Israel bombardeou também posições do Hezbollah em Mazraat El Yahoudiyeh, na região de Tiro, no norte do Líbano, de onde membros do grupo aliado do Irão terão disparado um foguete contra um avião das IDF, que saiu ileso.

Entretanto, soaram alarmes várias vezes ao longo da madrugada no norte de Israel alertando para a entrada de ‘drones’ vindos do Líbano. Um deles foi intercetado e o outro caiu num espaço aberto.

O Hezbollah lançou na quarta-feira cerca de 60 foguetes, bem como três ‘drones’, em direção à região da Galileia. Dois deles conseguiram chegar a terra, tendo um deles atingido um edifício na cidade costeira de Hadera, mas não sem causar vítimas.

Horas antes, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou esperar um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, adiantando que os Estados Unidos admitiram que isso possa acontecer antes das presidenciais norte-americanas, previstas para 05 de novembro.

“Estamos a fazer o nosso melhor (…) para obter um cessar-fogo nas próximas horas ou dias”, disse Mikati numa entrevista ao canal local al-Jadeed, acrescentando que estava “cautelosamente otimista”.

O Departamento de Estado dos EUA revelou que uma delegação norte-americana, liderada pelo enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Amos Hochstein, viaja esta quinta-feira para Israel para prosseguir negociações sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza e no Líbano.

O novo conflito no Médio Oriente foi desencadeado em 7 de outubro de 2023 com um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, que matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis, e outras cerca de 250 foram levadas como reféns.

Israel retaliou com uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 43 mil mortos, também maioritariamente civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo grupo palestiniano.

A guerra alastrou-se ao Líbano, onde, após quase um ano de trocas de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou desde 23 de setembro um forte ataque contra o Hezbollah, que, segundo as autoridades de Beirute, já provocou mais de 2.800 mortos, a maioria dos quais no último mês, e cerca de 1,2 milhões de deslocados.