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Joe Biden já começou a preparar terreno para a transferência de poder para Donald Trump, anunciou o próprio esta quinta-feira, numa curta declaração pública, a primeira desde as eleições da passada terça-feira. O Presidente cessante prometeu “uma transição pacífica” e deixou total apoio ao sistema eleitoral norte-americano, num toque pouco discreto ao Presidente recém-eleito.

Passaram 1465 dias desde as eleições norte-americanas de 2020 em que Biden derrotou Trump e, até hoje, o republicano não lhe concedeu a vitória e continua a alegar fraude eleitoral. Joe Biden promete uma transição, em tudo diferente. “A vontade do povo prevaleceu. Já falei com o Presidente eleito e garanti-lhe que indiquei a toda a minha administração que facilite uma transição pacifica de poder, porque é isso que o povo americano merece“, afirmou, a partir da Casa Branca.

“O nosso sistema eleitoral é honesto, transparente e podemos confiar nele”, garantiu, destacando que o trabalho dos voluntários nas mesas de voto deve ser respeitado.  “Tal como eles fizeram o seu dever, eu farei o meu como Presidente e no dia 20 de janeiro, teremos uma transferência de poder pacífica”, acrescentou, apontando o dia da tomada de posse de Donald Trump, numa postura oposta à que o republicano assumiu quando os papéis estiveram invertidos em 2021.

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Aos democratas, Biden deixou elogios, avisos e agradecimentos. Elogios à campanha liderada por Kamala Harris, ao seu caráter e ao seu serviço público, enquanto vice-Presidente. Avisos aos eleitores e apoiantes: “Temos de aceitar a escolha. Não podes amar o teu país só quando ganhas, o teu vizinho só quando concordam”. Agradecimentos à sua administração, elencando todo o trabalho que fizeram ao longo dos últimos quatro anos.

“Mudámos a América para melhor e agora temos 74 dias para acabar o mandato, é essa a responsabilidade que temos”, declarou, apontando baterias à reta final da sua presidência. Depois disso, promete continuar a lutar a partir de fora da Casa Branca. “Contratempos são inevitáveis, mas desistir é indesculpável”, rematou Joe Biden.