A polícia neerlandesa deteve este domingo manifestantes pró-Palestina que se juntaram em Amesterdão, apesar da proibição em vigor.

Os manifestantes, que se reuniram na Praça Dam, no centro da cidade, gritavam frases de ordem como “Palestina livre”, quando a polícia de choque interveio.

O protesto ocorreu três dias após os casos de violência registados na cidade entre adeptos de futebol israelitas.

No quadro do jogo contra o Ajax, os adeptos do Maccabi foram agredidos e perseguidos por grupos violentos, naquilo que muitos classificaram como um “pogrom”. Há indicações de que as agressões estavam a ser preparadas em grupos do Telegram com dias de antecedência. Agora alega-se que os adeptos israelitas arrancaram a bandeira palestiniana de um prédio, envolveram-se em conflitos e gritaram ‘slogans’ anti-árabes a caminho do estádio.

Na sequência deste caso, a presidente da Câmara de Amesterdão, Femke Halsema, proibiu a realização de manifestações este fim de semana.

A Câmara de Amesterdão disse, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), que a polícia deteve os manifestantes que se recusaram a deixar a praça.

O ataque sem precedentes do Hamas, em 7 de outubro, no sul de Israel, resultou na morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo reféns mortos. Nesse dia, 251 pessoas ficaram reféns.

No total, 97 continuam reféns em Gaza, incluindo 34 declarados mortos pelo exército.

A ofensiva israelita lançada em retaliação na Faixa de Gaza fez 43.552 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, e provocou um desastre humanitário.

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